Princess Peach: Showtime! – Análise (Review)

Princess Peach: Showtime! – Análise (Review)

21 de março de 2024 Off Por Walber Carbone
FICHA DO JOGO:
Lançamento: 22 de março de 2024
Jogadores: 01 jogador
Gênero: Ação, Aventura.
Desenvolvedora: Good-Feel
Publicadora: Nintendo
Idiomas disponíveis: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Francês, Holandês, Inglês, Italiano, Japonês, Português, Russo.
Disponível nas plataformas: Nintendo Switch.
Classificação Indicativa: Livre – Indicado para todas as idades.
Versão do jogo analisada: Versão europeia para Nintendo Switch.

E aí, galera! Hoje eu tô aqui pra compartilhar com vocês a minha experiência com o jogo que colocou a Princesa Peach sob os holofotes de uma maneira que nunca vimos antes: Princess Peach: Showtime! Desde o momento que botei as mãos nesse game e a cortina se abriu para a primeira atuação, sabia que estava prestes a embarcar numa aventura diferentona, longe dos tradicionais resgates e das corridas de kart.

Vamos ser sinceros, a Peach sempre teve aquele papel de “dama em perigo”, esperando pacientemente (ou nem tanto) pelo seu resgate nas garras do Bowser. Mas mano, esquece tudo que

você conhecia sobre a princesa dos cogumelos até agora. Em Princess Peach: Showtime!, ela prova que é muito mais do que uma figura a ser salva, assumindo papéis principais em uma série de espetáculos teatrais que vão muito além da simples representação. E o melhor? Tudo isso sem o Mario ou o Luigi por perto para roubar a cena. É tudo sobre ela, galera!

Como um ávido fã dos jogos da Nintendo e um seguidor dedicado das aventuras de Mario e companhia, admito que minhas expectativas estavam nas alturas. E o jogo? Bom, ele veio com uma proposta ousada e uma promessa de diversão garantida. Imagine só: a Peach, em uma aventura solo, se aventurando pelo teatro mágico Sparkle Theater, enfrentando a malvada Grape e seu bando Sour Bunch. E cara, o game não só atendeu às minhas expectativas, mas as superou em vários aspectos.

Assumir o papel de Peach em suas diversas transformações – de uma espadachim destemida a uma patinadora elegante, cada uma com suas próprias habilidades e desafios – foi uma experiência revigorante. Foi como se a Nintendo tivesse jogado um monte de gêneros de jogos num liquidificador, adicionado um pouco de glitter e criado esse show de variedade. E olha, a jogabilidade simples, mas engenhosamente projetada, me manteve engajado do início ao fim.

Mas nem tudo são flores, certo? Claro que tive meus momentos de “hmmm” com algumas das transformações da Peach que não brilharam tanto quanto as outras e algumas questões técnicas aqui e ali. No entanto, cada ato do jogo era como um novo episódio de uma série que você não quer parar de assistir. Os cenários, inspirados em produções teatrais, trouxeram uma vibe única que me fez sentir tanto espectador quanto protagonista dessa aventura peculiar.

Nessa análise, vou mergulhar fundo nos detalhes dessa aventura. Desde as mecânicas e jogabilidade, passando pelos gráficos e trilha sonora encantadores, até a diversão e os pequenos tropeços na performance e otimização. Vou contar tudo, sem filtros, vamos mergulhar nesse teatro mágico e descobrir se a princesa mais famosa dos videogames conseguiu, de fato, brilhar em seu próprio show.

Mecânicas e Jogabilidade

Vamos falar sério, a ideia de transformar a Peach em uma espadachim, patinadora, ninja, e até mesmo em uma detetive, é algo que eu nunca imaginaria ver. Mas a Nintendo conseguiu, e fez com estilo! Cada personificação traz um conjunto único de habilidades e objetivos, o que mantém o jogo fresco e excitante a cada nova cortina que se abre.

Por exemplo, como Espadachim Peach, me vi mergulhado em combates intensos, utilizando golpes e esquivas para derrotar os inimigos. Já como Patissiere Peach, o desafio era totalmente diferente, focado em decorar bolos sob pressão do tempo – algo que eu, particularmente, achei hilário e muito bem executado. Cada transformação não só oferece uma nova maneira de interagir com os cenários vibrantes e detalhados do teatro, mas também introduz mini-jogos e desafios que variam de ritmo e estilo.

Mas, ó, não é só de transformações que vive o jogo. A mecânica de interação com o ambiente através da Stella, a fada-guardiã, adiciona uma camada extra de profundidade. Usando a fita mágica da Stella, eu podia alterar objetos de cena, resolver quebra-cabeças e até mesmo afetar os inimigos. Isso sem falar na satisfação de usar habilidades específicas de cada traje para superar obstáculos e puzzles que me faziam rachar a cabeça.

Porém, preciso ser honesto: nem tudo são rosas. Algumas transformações e seus respectivos níveis não alcançaram o mesmo nível de diversão e engajamento. Detetive Peach, por exemplo, apesar de uma ideia bacana, muitas vezes se arrastava com seu ritmo lento e puzzles simplistas. E, em alguns momentos, senti que a simplicidade do controle e dos desafios poderia não satisfazer jogadores mais experientes em busca de um desafio mais pesado.

A jogabilidade é simples, mas eficaz, desenhada para ser muito acessível para jogadores de todas as idades; ainda assim, a jogabilidade como um todo é legal e funcional, através de uma boa variedade de estilos dentro do mesmo jogo. Embora algumas transformações da princesa brilhem mais que outras, cada papel que Peach assume nos palcos traz sua própria pitada de originalidade, o que nos dá uma sensação de progressão e a descoberta de novas habilidades que mantêm o jogo envolvente, mesmo com suas falhas pontuais.

Espere enfrentar desde desafios de combate até sequências estilo Cooking Mama. Princess Peach: Showtime! se arrisca ao trazer algo novo para a mesa, misturando gêneros e desafios de uma forma que poucos jogos se atrevem a fazer. Senti que o jogo faz um ótimo trabalho ao nos introduzir e nos desafiar com diversas mecânicas distintas, mesmo que algumas delas sejam consideravelmente mais rasas que outras. No fim das contas, na minha opinião, esse formato de mecânicas diferentes que a Nintendo trouxe nesse game vale a pena ser aplaudida pela inovação.

Gráficos e Som

Primeiro de tudo: os gráficos são bem bonitos, na verdade são lindos mesmo! O design do jogo é inspirado em teatro, e isso transborda em cada cenário, personagem e animação. Eu fiquei tipo, “Uau, olha esse detalhe!”, em cada novo nível que eu explorava. As transformações da Peach são um destaque visual, com cada uma apresentando um estilo único que vai do fofo ao super cool. E não é só sobre a Peach, não. Os cenários são ricos em detalhes e cores vibrantes, com elementos de cenário que parecem ter saído diretamente de uma peça teatral – alguns até com aquele charme de artesanato, sabe? É como se cada nível fosse uma apresentação diferente, com direito a cenários que giram e mudam, criando uma experiência visual dinâmica e super imersiva.

Agora, falando das música e efeitos sonoros, é como se cada nota e cada som tivessem sido meticulosamente escolhidos para complementar a magia do jogo. A trilha sonora é rica e variada, capturando perfeitamente a essência de cada transformação e cenário. Tem momentos que você se sente num espetáculo de patinação no gelo, com músicas que te fazem querer dançar, enquanto em outros você tá no meio de uma ação frenética com uma música que só eleva a adrenalina. E os efeitos sonoros? Impecáveis. Desde o barulhinho de quando a Peach pula até o som de cada uma das suas habilidades especiais, tudo é tão bem encaixado que aumenta a imersão de um jeito que só jogando pra entender.

Mas tem uma situação que precisa ser dita, pois nem tudo é perfeito. Algumas texturas e elementos gráficos podem parecer um pouco borrados ou menos detalhados quando vistos de perto, especialmente em comparação com outros títulos do Switch. E sobre os efeitos sonoros, teve um ou outro momento que senti uma qualidade meio comprimida, que destoava do conjunto da obra.

Mesmo assim, Princess Peach: Showtime! entrega uma experiência audiovisual que é difícil de criticar. Os gráficos te capturam, a música te envolve e os efeitos sonoros te mergulham ainda mais nesse mundo teatral. É como estar na primeira fila de uma peça da Broadway, só que no conforto do seu sofá, com o controle (ou o Switch inteiro) na mão.

Diversão

Jogar “Princess Peach: Showtime!” foi como embarcar numa montanha-russa de diversão e surpresas. A cada novo nível e transformação, o jogo me presenteava com uma experiência única, que variava do deslumbramento à pura euforia.

A começar pelas transformações da Peach, que é a grande novidade que o game traz e que o torna diferente dos demais. Cada uma dessas transformações não só muda a aparência da princesa, mas modifica totalmente a jogabilidade. Tipo, uma hora você está lá, dançando no gelo com elegância, e na outra, você tá metendo espada em vilão como se não houvesse amanhã. Tem níveis que te transformam numa detetive, no estilo Sherlock Holmes, e outros em que você precisa cozinhar sob pressão – é uma loucura deliciosa!

A variedade de gêneros que o jogo abraça é um prato cheio para a diversão. Eu, particularmente, me amarrei na mistura de estilos e como cada um foi capaz de me arrancar uma reação diferente. Alguns me fizeram rir com suas situações cômicas, outros me deixaram na ponta do sofá, ansioso pela próxima jogada. E mesmo quando o desafio não era dos maiores, a satisfação de dominar cada mecânica nova e descobrir todos os segredos e colecionáveis me manteve motivado.

Falando em desafio, Princess Peach: Showtime! soube equilibrar muito bem a acessibilidade com momentos que pedem um pouquinho mais de atenção e habilidade, especialmente nos níveis de desafio e nas lutas contra chefões. As batalhas contra os chefões, aliás, merecem um destaque à parte. Cada confronto é uma surpresa, com mecânicas únicas que aproveitam as habilidades da transformação que você está usando naquele momento. Esses combates foram alguns dos picos de adrenalina mais altos que o jogo me proporcionou.

No entanto, o quesito diversão nesse jogo não é feito só de pontos altos. Em alguns momentos, principalmente nos níveis que envolviam mecânicas menos interessantes ou repetitivas, senti queda no entusiasmo. Mas, sinceramente? Esses momentos foram a exceção, não a regra, pois na maioria do tempo, eu estava totalmente imerso, explorando cada cantinho dos cenários em busca de todos os segredos que o jogo tinha a oferecer.

Em geral, é um game bem divertido, que tem capacidade de surpreender e encantar, misturando gêneros, oferecendo uma gama variada de jogabilidade e mantendo um ritmo que quase nunca deixa a peteca cair.

Performance e Otimização

Agora vamos falar de uma coisa que pegou um pouco no meu pé enquanto eu jogava: a performance e a otimização. Antes de mais nada, deixo claro que o game tem um visual lindo e uma proposta muito legal. Mas teve hora que a jogatina não foi tão suave quanto eu esperava.

Primeiro, vou te contar o que mais me chamou atenção: os trancos e barrancos nos frames. Sim, tiveram momentos, especialmente nas cutscenes e em algumas partes em que tinha muita coisa acontecendo na tela, que a taxa de frames caía de um jeito que dava pra perceber demais. E não é que isso estragasse a experiência, mas era meio que um balde de água fria na imersão, entende?

E não para por aí, tem uma coisa que eu achei que estava ruim: a resolução. Jogando no modo portátil, notei que a imagem às vezes ficava meio embaçada, não tão cristalina quanto estamos acostumados. Por exemplo, a Princesa Peach, que é a estrela do show, em alguns momentos parecia que estava com uma névoa em cima dela. E isso meio que tirava o brilho do visual estiloso do jogo.

Falando em visual, os cenários são incríveis e cheios de detalhes, mas essa riqueza visual parece ter pesado um pouco no hardware do Switch. Em algumas áreas mais cheias de elementos e efeitos, senti que o console sofria pra manter tudo rodando liso.

Ah, e não posso esquecer do som; teve uma coisa bem estranha com o efeito sonoro do pulo da Peach. Era um barulho meio comprimido, sabe? Como se não estivesse na mesma qualidade do resto dos sons do jogo. Pode parecer besteira, mas quando você tá lá, no controle, essas coisas chamam bastante a atenção.

Mas sinceramente, apesar desses perrengues de performance e otimização, Princess Peach: Showtime! é um jogo divertido pra caramba… É aquela coisa: você até percebe os problemas, mas a vibe gostosa do jogo e a criatividade em cada fase meio que compensam. Só que eu queria que a jogatina fosse mais redonda, sem essas oscilações que às vezes cortavam o barato, é algo que tira um pouco do brilho do game, especialmente considerando os padrões da Nintendo.

Conclusão

Após mergulhar fundo em Princess Peach: Showtime!, posso afirmar com toda certeza: esse jogo é uma montanha-russa de emoções, diversão e, claro, um pouquinho de frustração. Pegando o controle e guiando a Peach por essa aventura teatral, me senti empolgado com a variedade gigantesca de mecânicas e estilos de jogo que a Nintendo conseguiu embalar em um só título. Cada transformação da Peach trazia um frescor, uma novidade que me deixava ansioso pelo que viria a seguir.

Por outro lado, a performance e otimização do jogo, em alguns momentos, deixaram a desejar. Apesar de não serem problemas que estragam completamente a experiência, eles dão uma segurada na imersão. É como se você estivesse curtindo a vibe de um show ao vivo, e de repente o som dá uma falhada. Não chega a arruinar a noite, mas faz você perder um pouco do ritmo.

No entanto, o que mais me cativou foi como o jogo consegue ser uma introdução perfeita para novatos no mundo dos games, ao mesmo tempo em que oferece desafios interessantes para os jogadores mais experientes que decidem buscar 100% de conclusão. A Princess Peach brilhou nesse papel principal, mostrando que não é apenas um rosto bonito no Reino do Cogumelo, mas uma heroína com habilidades e charme de sobra.

A Nintendo entregou uma aventura que, apesar de ter seus altos e baixos técnicos, não deixa de ser uma experiência incrivelmente divertida e cativante. Se você é fã de longa data da franquia Mario ou está apenas procurando um jogo para se divertir e explorar um mundo cheio de criatividade, este título merece sua atenção.

PAra finalizar, Princess Peach: Showtime! é altamente recomendado para quem busca um jogo recheado de aventura, criatividade e, claro, muito charme. Se você conseguir passar por cima dos pequenos tropeços técnicos, encontrará um jogo que vale muito a pena.

Pontos Positivos

  • Variedade incrível de mecânicas e gameplay.
  • Estética e tema de teatro imersivos.
  • Ótima trilha sonora;
  • Forte apelo tanto para novatos quanto para jogadores experientes.

Pontos Negativos

  • Problemas de performance e otimização que afetam a imersão;
  • Algumas transformações e mecânicas poderiam ser mais aprofundadas;
  • Falta de vozes em certos momentos;
  • Falta de um sistema de seleção de capítulos para facilitar a busca por 100% de conclusão.

Avaliação:
Gráficos: 8.0
Diversão: 8.5
Jogabilidade: 7.5
Som: 8.0
Performance e Otimização: 6.0
NOTA FINAL: 7.6 / 10.0

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