The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom – Análise (Review) – Um novo marco na série!

The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom – Análise (Review) – Um novo marco na série!

19 de outubro de 2024 Off Por Markus Norat

Um novo marco na série Zelda que mistura inovação, nostalgia e uma protagonista à altura

Desde o momento em que o anúncio de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom foi feito, fui tomado por uma enorme curiosidade e expectativa. A Nintendo finalmente estava colocando Zelda no centro do palco como protagonista, algo que os fãs aguardavam há muito tempo. Seria essa uma mudança radical para a série ou apenas um spin-off secundário? Assim que iniciei minha jornada por Hyrule, ficou claro que Echoes of Wisdom não só entrega tudo que promete, mas também reinventa a fórmula clássica da franquia de uma maneira única e cativante. Ao longo da minha jogatina, passei por momentos de pura nostalgia misturados com uma sensação fresca de descoberta.

Neste review, vou detalhar minhas impressões sobre o jogo, dividido em tópicos que abarcam tudo o que Echoes of Wisdom tem a oferecer. Vamos mergulhar de cabeça nesta análise!

Mecânicas e Jogabilidade

Logo de cara, a primeira coisa que me chamou atenção em Echoes of Wisdom foi a profunda mudança nas mecânicas de jogo. Por muitos anos, a série Zelda foi associada ao manejo de espadas, escudos e o carisma de Link. Aqui, temos Zelda como protagonista, e essa mudança é mais do que apenas estética – ela transforma totalmente a forma como nos aproximamos dos desafios e inimigos.

Zelda não é uma guerreira física. Em vez disso, ela empunha o Tri Rod, uma varinha mágica que permite a criação de “ecos” de objetos e inimigos derrotados. Isso adiciona uma camada estratégica fascinante à jogabilidade. Ao derrotar inimigos, você pode armazenar seus ecos e invocá-los para enfrentar novos desafios. A sensação de poder usar um Moblin que você derrotou para lutar ao seu lado é simplesmente fantástica. A mecânica de invocação permite uma flexibilidade tática impressionante, algo que se destaca principalmente em combates mais complexos e quebra-cabeças elaborados.

Além disso, o jogo também introduz a Forma Espadachim, que permite a Zelda temporariamente empunhar a lendária espada de Link e assumir um papel mais físico no combate. Contudo, esse recurso é limitado pelo tempo e pelo uso de energia, forçando o jogador a usá-lo com sabedoria. Essa dualidade entre a magia dos ecos e a força bruta da espada cria um equilíbrio único que transforma cada batalha em um mini quebra-cabeça. Você opta pela força ou por uma solução mais criativa com ecos? Essa liberdade de escolha é refrescante.

As masmorras, um ponto sempre importante na série Zelda, estão de volta com força total. E desta vez, há uma ênfase muito maior em soluções criativas e múltiplos caminhos para o sucesso. Ao invés de depender de uma única ferramenta para resolver um enigma, como nos jogos mais antigos, você pode usar diversos ecos para criar escadas de camas, pontes de caixas ou até plataformas de criaturas voadoras. A jogabilidade é fluida e variada, nunca se repetindo. Cada nova área oferece algo novo para experimentar, mantendo a experiência dinâmica do começo ao fim.

Gráficos

Os visuais de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom são um dos grandes destaques do jogo. A Nintendo acertou em cheio ao usar o mesmo motor gráfico de Link’s Awakening (2019) para trazer à vida um mundo que parece saído diretamente de um diorama. Tudo em Hyrule tem uma textura brilhante e vibrante, como se estivéssemos explorando uma maquete de brinquedo, mas com uma profundidade e riqueza de detalhes que capturam a essência de cada local.

Hyrule, desta vez, é ainda mais encantadora. De florestas luxuriantes a montanhas cobertas de neve e desertos escaldantes, cada ambiente é visualmente deslumbrante. As cores são ricas e saturadas, com uma paleta que remete a contos de fadas, mas com um toque moderno e limpo. A transição entre os biomas é suave, e é um prazer observar como a iluminação e as texturas mudam conforme você se aventura de uma área para outra. As animações de Zelda, especialmente enquanto usa a varinha ou invoca ecos, são fluidas e bem detalhadas, transmitindo um senso de poder e controle.

A direção artística merece destaque especial. Cada criatura que você encontra tem um design que combina o charme clássico dos jogos 2D com a modernidade dos gráficos 3D. As expressões faciais e as animações dos NPCs são carregadas de personalidade, algo que me fez querer interagir com cada personagem que encontrava ao longo do caminho.

Além disso, o design dos chefes e das masmorras é especialmente criativo. Cada um tem um estilo único que reflete o ambiente ao seu redor. E as animações durante as batalhas contra chefes são épicas, com transições suaves entre fases do combate e efeitos visuais deslumbrantes que fazem você se sentir em um verdadeiro espetáculo.

Som

Um bom jogo da série Zelda sempre vem acompanhado de uma trilha sonora espetacular, e Echoes of Wisdom não decepciona. Desde o momento em que você pisa em Hyrule, é envolvido por uma trilha sonora orquestrada que mistura temas clássicos da franquia com novas composições. O tema de Hyrule Field, por exemplo, traz uma nova interpretação, mesclando instrumentos de sopro com cordas suaves, criando uma sensação de aventura e descoberta.

Os efeitos sonoros também merecem destaque. O som de cada eco sendo invocado, o clangor das armas durante as batalhas, o ruído suave dos passos de Zelda enquanto explora, tudo está meticulosamente sincronizado para aumentar a imersão. Os ecos emitem sons distintos, o que ajuda a diferenciá-los e dá mais personalidade às criaturas e objetos que você invoca. A sonoplastia durante as masmorras é sombria e envolvente, criando uma atmosfera que deixa o jogador sempre em alerta.

Em relação às vozes, Zelda não é completamente silenciosa. Embora os diálogos principais ainda sejam predominantemente através de texto, há momentos em que expressões de surpresa, alívio ou esforço físico são acompanhados de grunhidos ou exclamações, o que ajuda a humanizar ainda mais a personagem.

Diversão

Uma das coisas que mais me surpreendeu em Echoes of Wisdom foi o quanto ele incentiva a criatividade. Cada quebra-cabeça, combate ou simples exploração é uma oportunidade para testar suas habilidades e experimentação. O fato de você poder resolver os problemas de várias maneiras diferentes faz com que o jogo nunca se torne repetitivo ou cansativo. Durante minha jornada, encontrei diversas formas de atravessar um mesmo obstáculo usando diferentes ecos, e isso fez com que eu me sentisse no controle da aventura de uma maneira que poucos jogos conseguem.

As missões secundárias e as interações com os NPCs também são encantadoras. Há uma leveza e humor nas conversas, e os personagens secundários são interessantes o suficiente para que eu quisesse ajudar cada um deles. O jogo também oferece mini-games e desafios opcionais que são divertidos por si só e muitas vezes recompensam o jogador com novos ecos ou upgrades.

Outro aspecto que mantém o jogo divertido é a constante sensação de progressão. Tri, o simpático companheiro etéreo de Zelda, vai ficando mais poderoso conforme você avança na história, permitindo que você invoque mais ecos simultaneamente ou aumente o poder deles. Essa evolução dá uma sensação de crescimento contínuo, o que é essencial em um jogo longo como este.

Performance e Otimização

Apesar de toda a grandiosidade de Echoes of Wisdom, o jogo não é isento de problemas técnicos. Em ambientes internos, como as masmorras e casas, o jogo roda de forma impecável. No entanto, em áreas mais abertas, especialmente em locais com efeitos climáticos mais intensos, como tempestades de areia ou nevascas, notei quedas de framerate ocasionais. Elas não chegam a prejudicar gravemente a experiência, mas são perceptíveis, principalmente para quem é mais sensível a esse tipo de coisa.

O carregamento entre áreas é relativamente rápido, e a transição entre as diferentes partes de Hyrule é fluida na maior parte do tempo. A otimização no Nintendo Switch é boa, mas é visível que o hardware da plataforma já está mostrando de maneira escancarada os sinais de cansaço e pedindo para o sucessor ser lançado logo. No entanto, considerando o tamanho do mundo e a quantidade de elementos simultâneos na tela, a performance geral ainda é bastante satisfatória.

Outra questão é a navegação nos menus. Embora existam opções de organização para os ecos, o sistema pode se tornar um pouco confuso à medida que você coleta mais deles. Seria interessante ter uma opção de “favoritar” certos ecos para facilitar o acesso durante momentos de necessidade.

Conclusão – Vale a Pena?

The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é, sem dúvida, um dos melhores jogos da franquia Zelda em muitos anos. A coragem da Nintendo em colocar Zelda como protagonista e introduzir novas mecânicas de jogabilidade paga-se de forma grandiosa. O jogo não apenas respeita a herança da série, mas também a expande de maneiras criativas e empolgantes. Cada pedaço do mundo foi cuidadosamente construído para proporcionar uma experiência única e envolvente, e a maneira como a jogabilidade, os gráficos e a trilha sonora se combinam faz deste um dos jogos mais cativantes que já joguei.

As pequenas falhas de performance e o sistema de gerenciamento de ecos não tiram o brilho de uma experiência inovadora e divertida. Se você é fã de Zelda ou simplesmente ama um bom jogo de aventura, Echoes of Wisdom é um título totalmente obrigatório.


Pontos Positivos:

  • Zelda como protagonista traz uma nova perspectiva à série.
  • Mecânicas de ecos que incentivam a criatividade.
  • Gráficos encantadores e direção de arte impressionante.
  • Trilha sonora que combina nostalgia com novidade.
  • Masmorras e quebra-cabeças que remetem aos jogos clássicos.

Pontos Negativos:

  • Quedas de framerate em áreas abertas.
  • Sistema de gerenciamento de ecos pode ser confuso.
  • A curva de aprendizado para os controles pode ser íngreme para alguns.

Avaliação:
Gráficos: 10.0
Diversão: 10.0
Jogabilidade: 9.5
Som: 10.0
Performance e Otimização: 8.5
NOTA FINAL: 9.6 / 10.0

  • Análise produzida a partir de uma cópia do jogo cedida pela Nintendo.

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