Análise de Tormented Souls – o survival horror para os mais nostálgicos

28 de setembro de 2021 0 Por Alexandre Vieira
Ficha do Jogo:
Data de Lançamento: 27 de agosto de 2021
Desenvolvedor: Dual Effect, Abstract Digital
Distribuidora: PQube Limited
Gênero: Survival Horror
Plataformas: Playstation 4, Playstation 5, Xbox Series X|S, Nintendo Switch, PC – Computador (Microsoft Windows)

Avaliação:
Gráficos: 7,0
Jogabilidade: 6,0
Som: 9,0
Diversão: 8,0
Nota final: 7,5

Tormented Souls é um game de terror e sobrevivência clássico, no melhor estilo Resident Evil e Silent Hill dos anos 90. A história do game é protagonizada pela professora Caroline Walker, que sai em busca da verdade sobre o desaparecimento de duas gêmeas, após de ter recebido uma carta misteriosa.

Enquanto investiga o local, ela desperta na mansão Winterlake em uma banheira cheia de aparelhos médicos ligados à ela e sem um olho! Ela então, começa a explorar a mansão para desvendar os segredos do local ao mesmo tempo em que tenta sobreviver aos monstros que lá habitam, como o homem atômico e criaturas cuspidoras de ácido. Para enfrentar essas criaturas, ela tem acesso a armas um tanto quanto não convencionais, como uma pistola de pregos e um pé de cabra.

Para derrotar essas criaturas ela deve utilizar os equipamentos de forma sábia para não ficar desprotegida, já que a munição é bem limitada.

No game também devemos resolver diversos puzzles que trazem um desafio maior ao jogo, já que nem sempre são fáceis de se identificar o que deve ser feito, sendo os mesmos essenciais para se avançar no jogo.

Com relação à movimentação, o game tem aquela mecânica dos jogos de terror antigos, meio “tanque”, ou seja, movimentos mais duros e câmera fixa, o que torna a mecânica ultrapassada para os dias atuais, porém, era essa mesma a ideia do game, trazer uma experiência mais tradicional, das antigas, então o trabalho cumpriu com seu objetivo. Além disso, a personagem também conta com um movimento de esquiva que ajuda bastante na hora de escapar de um golpe mortal.

Além dos puzzles tradicionais, de encontrar objetos e utilizá-los nos locais corretos, temos também a utilização de  espelhos para cruzar realidades, o que torna o game ainda mais interessante.

Em relação à trilha sonora ela está muito bem feita, trazendo todo aquele sentimento de tensão e nostalgia. Por exemplo, a música do menu principal traz um ar de mistério ao mesmo tempo em que é muito agradável. Já quando há inimigos próximos a coisa fica tensa e um tanto quanto incômoda, trazendo aquela sensação de desconforto, de quando você sabe que uma coisa está errada e que você tem grandes chances de se encontrar com a morte. Ao mesmo tempo, temos um tema das save-rooms, que assim como em Resident Evil, só pela música você já sabe que se encontra em uma sala de save, o que traz um certo alívio em saber que ali você está seguro e que pode gravar o progresso do jogo. Alías, aqui temos outro ponto interessante.

 Os saves são rolos de gravações que você encontra pelo cenário para gravar o seu progresso, e são limitados, ou seja, são poucos e você deve escolher bem a hora em que irá salvar o seu progresso, pois se você morrer terá que fazer tudo de novo, coletar todos os itens novamente, para chegar aonde tinha morrido. Isso é bom pois causa mais medo de morrer no game já que você sabe que não tem um save point por perto, o que faz dos clássicos survival horrors especiais, pois morrer e voltar poucos minutos atrás não causa a mesma sensação de desespero de quando você está arriscando perder tudo o que conquistou até aquele ponto.

Em relação aos gráficos eu gostei bastante. O game tem uma ótima iluminação, os ambientes são detalhados e sombrios. A única coisa que incomoda é que as animações são um pouco robóticas e a modelagem dos personagens poderia ser mais realista. Tenho mais a impressão de que estou jogando um game de animação de terror do que um jogo mais realista, como os gráficos de Resident Evil 2 Remake, por exemplo. Mas de modo geral os gráficos são satisfatórios e atendem à proposta do game.

Conclusão:

Se você curte jogos de terror como os clássicos Resident Evil e Silent Hill, deve dar uma oportunidade para conhecer Tormented Souls. Apesar do game não chegar aos pés da qualidade que esses outros games traziam em sua época, ainda sim é um jogo extremamente divertido e que rende algumas horas de tensão e nostalgia, já que existem poucos jogos nesse estilo nos dias atuais.

Eu gostei bastante e me diverti muito com o game, me surpreendendo em diversos aspectos, principalmente como ambientação e criatividade nos puzzles e armas encontradas, já que nunca imaginei eu jogando um survival horror atirando pregos nos inimigos.

Enfim, essa foi minha análise de Tormented Souls. O game está disponível para PS5, Xbox Series X/S e também PC. Aliás, a versão que joguei aqui foi para o PC. Em breve ele será lançado para Nintendo Switch, PS4 e Xbox One.

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