Análise de Fatal Fury 3: Road to the Final Victory

13 de abril de 2022 0 Por Markus Norat

Por: Augusto Aragão

Ficha do jogo:
Data de lançamento: 27 de março de 1995
Modo: Jogo multijogador
Desenvolvedoras: SNK, Hamster Corporation, Kinesoft, NuFX, SIMS Co., Ltd., SNK Corporation
Publicadoras: SNK, Hamster Corporation, D4 Enterprise, CyberFront Corporation, Takara, WizardWorks
Gênero: Ação, Luta
Plataformas: Neo Geo CD, Sega Saturn, Nintendo Wii, Nintendo Switch, PC – Computador (Microsoft Windows), Playstation 2, PlayStation 4, Xbox One.

Avaliação:
Nota: 8,5

Os irmãos Bogard continuam descendo a porrada na série Fatal Fury e tudo graças a Geese Howard e sua trupe. Este jogo foi uma das primeiras adaptações da SNK para o Saturn. O resultado é um jogo muito parecido com o original, mas alguns detalhes precisam ser relevados.

Esta versão de Fatal Fury não utiliza nenhum cart de RAM e logo de cara se sente que a qualidade da animação é apenas razoável (eu diria um pouco truncada…), sem contar com os loadings que são longos e chatos. A SNK é bem conhecida por colocar pequenas animações nos loadings e aqui o jogador vai ter de aturar uma da Mai Shiranui em forma de criança e abanando seu leque….que bonitinho…

O jogo continua com todo os personagens do arcade, três planos de luta, golpes especiais, super golpes e nota para cada vitória. É preciso atentar para estas notas pois índices baixos não levarão ao verdadeiro chefão…que não é Geese Howard. Todas as animações da história do jogo continuam presentes e típicas da série Fatal Fury.

Na primeira observação dos gráficos não se nota diferenças entre a versão do Arcade/Neo Geo. Contudo, basta os lutadores se movimentarem para se notar como ficaram com movimentos truncados. Se no cenário e nos lutadores o detalhamento é muito bom, o mesmo não se pode dizer da animação que realmente peca. Afora isso dá para se lutar numa boa e vale a pena desferir Reppukens, Power Waves entre outros. O destaque no detalhamento gráfico também está nas garotas do jogo: Mai Shiranui (que continua muito sensual) e Blue Mary (uma loirinha também sedutora).

Um detalhe curioso está no cenário do Pao Pao Cafe 2, onde no canto esquerdo pode ser visto o personagem Richard Myer, de Fatal Fury 1! Outro que merece destaque é de Andy Bogard e Joe Higashi, em que o tempo vai mudando.

Se os gráficos não agradarem aos olhos, pelo menos os ouvidos se satisfarão com as músicas e efeitos sonoros. Há músicas orientais e em rock, sem contar com a música calma da fase de Mai Shiranui. Outra música interessante é a do Pao Pao Café 2 que possui vocais de fundo.

As vozes se mostram bem variadas e com boa entonação (bem nítidas por sinal). Dá para sentir como a voz de Geese é bem séria e provocadora, ao passo que a voz de Terry é bem jovem. Os sons de pancadas, quedas, gritos e magias estão bem presentes no jogo e valem a palheta sonora.

A jogabilidade até que cumpre bem o seu papel, mas também não chega a ser uma maravilha como é com os jogos da Capcom. Aqui não é possível programar os botões e o jogador tem nove opções pré-programadas a escolher. É pegar ou largar. Alguns golpes se mostram lentos e muito previsíveis para a CPU, o que pode comprometer os jogadores. É preciso ter paciência e mudar sempre de tática. As mudanças de plano podem confundir alguns jogadores e mesmo em relação à CPU, os movimentos não são muito rápidos.

Para os que gostam da série Fatal Fury ou de jogos de luta em 2D, esta terceira versão é razoável. A dificuldade é grande e muitos combos esperam os mais ansiosos por pancadas. Não é o melhor da SNK, mas pode agradar os fãs dos irmãos Bogard.

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