Análise do jogo The Last Blade

12 de janeiro de 2021 0 Por Olivia Marinho
Ficha de Jogo
Gênero: Luta
Jogadores: 1 – 2 jogadores
Desenvolvedora: SNK
Lançamento: 5 de dezembro de 1997
Plataforma: Arcade – Fliperama, Neo Geo, Neo-Geo CD, Neo Geo Pocket Color, PlayStation, PlayStation 2, PlayStation 3, PlayStation 4, PlayStation Portable – PSP, Wii, Dreamcast, PC – Computador (Microsoft Windows e Linux), Xbox One, Nintendo Switch, Neo Geo Mini, NEOGEO Arcade Stick Pro.

Os portões do inferno separavam o mundo dos seres humanos e o dos mortos, sendo protegidos por deuses, para que houvesse equilíbrio e paz entre esses mundos. Os séculos se passam e o que era medo se torna lenda. Contudo, os céus se escurecem e a fúria divina parece querer atingir a raça humana, afligindo-a de dor e desespero.

Moriya e Kaede, os irmãos (respectivamente).

Entretanto, no meio da escuridão, a coragem humana não falha, e bravos heróis, então, se aventuram para enfrentar a fúria dos deuses. Nossos heróis se dividem entre assassinos, pessoas que lutam por justiça e honra e aquelas cuja missão é apenas ficar cada vez mais forte.

É dessa maneira que THE LAST BLADE começa sua narrativa: com ares de aventura épica e arrebatadora. Mas mesmo com um enredo pouco inovador, seu estilo de combate é bastante interessante e foi o primeiro a possuir um sistema que linkava golpes especiais em golpes Super, além de cancelamento de Super (isso em jogos da SNK).

O jogo conta com doze personagens com habilidades únicas, mas que possuem golpes especiais e super. O personagem mais relevante é Kaede, que durante a luta é capaz de ficar mais poderoso através do que seria um “modo super saiajiyn”, já que seus cabelos ficam loiros e os olhos vermelhos. Ele é o único capaz de fazer isso.

O jogo possui três botões de ataque e um para DEFLETIR ataques inimigos, o famoso parry ou counter. É interessante o fato de que, no caso desse jogo, o ato de defletir é um botão, não um comando acionado, como em outros jogos de lutas. Isso torna a possibilidade de defletir mais alta, mas também faz com que o oponente tenha consciência dessa possibilidade. Ou seja, a luta, apesar da presença de um botão de defletir, é altamente imprevisível.

Ao selecionar um personagem, é possível escolher entre dois modos de ação durante o combate: POWER e SPEED. O modo POWER garante golpes com mais dano, mais pesados e é possível realizar ESPECIAIS e SUPER massivos. O modo SPEED, garante combos maiores, além de ESPECIAIS e SUPER com combos rápidos.

Saber escolher entre o modo POWER e SPEED, é ótimo para diversificar a jogatina.

The Last Blade prova seu status de ser um dos queridinhos entre os players de jogos de luta, devido a jogabilidade estratégica que exige bastante de quem o joga, além de reflexos atentos para saber quando defletir um ataque inimigo.

Outros pontos relevantes do jogo, são seus cenários ricos em detalhes. Sejam as árvores que se mexem junto ao vento ou mesmo a neve que cai, se um golpe muito pesado for executado.

Por falar em peso, os golpes executados nesse jogo possuem uma sensação extremas de que os ataques são muito pesados. O interessante é que isso não é um ponto negativo, mas para um jogo em bits, isso gera um certo grau de realismo. Não é como se você apenas balançasse sua arma ou punhos para causar dano. A arma é pesada, o soco é certeiro, e errar um golpe pode lhe custar a vida.

Nessa luta, a vitória se deu após Kaede defletir um ataque inimigo e desferir um logo em seguida. O frame do ataque inimigo ainda congela na tela.

A trilha sonora do jogo é minimamente cativante, nada muito incrível, mas é justamente nisso em que The Last Blade acerta tão bem. Combinando com os cenários, há um constante silêncio em alguns ambientes, e você é capaz apenas de ouvir o farfalhar das plantas ou mesmo a lâmina da espada cortando a carne do inimigo.

Essa ausência de barulho, chega a lembrar os antigos filmes de samurai, de Akira Kurosawa, onde o que mais importava no instante era o duelo travado entre duas forças que, mesmo com objetivos diferentes, desejam a vitória.

A riqueza em detalhes tão pequenos como som e peso no combate, geram um calor único, emanado pelo jogo. Essa sensação nem sempre é encontrada em jogos de luta, visto que alguns apenas focam no puro combate e sistemas complexos, sem tratar tanto da experiência de viver o jogo, como é o caso do maravilhoso The Last Blade.

AVALIAÇÃO:
Jogabilidade: 10
Gráficos: 10
Diversão: 10
Som: 10
Nota Final: 10 / 10

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