Análise do jogo Crysis Remastered
28 de dezembro de 2020Por: Eduardo Furlan
Ficha do Jogo: Data de lançamento inicial: 13 de novembro de 2007 Gênero: Tiro em primeira pessoa, Jogo eletrônico de stealth Desenvolvedora: Crytek, Saber Interactive, Crytek GmbH Plataformas: PC – Computador (Microsoft Windows), Celular – Mobile (Android), PlayStation 3, PlayStation 4, Nintendo Switch, Xbox 360, Xbox One. |
Avaliação: Gráficos: 19/20 Som: 8/10 Jogabilidade: 15/20 Arte: 13/20 Diversão: 24/30 NOTA FINAL: 79/100 |
INTRODUÇÃO
Lançado originalmente em 2007, o jogo foi relançado em 2020, na sua forma remasterizada, embarcando, também, nos consoles de videogame da atualidade. No seu lançamento original (em 2007) o jogo chamou bastante atenção pelo visual (até hoje o visual é espetacular, sobretudo após a repaginada) e pelos avanços e exigências técnicas (no PC) o que fez com que muitos não pudessem conferir o game (na verdade, mesmo nos dias de hoje, com as máquinas mais avançadas, o game ainda faz uma certa exigência de um bom hardware); pois bem, nos consoles o jogador tem a possibilidade de encarar Crysis sem ter que prestar atenção em exigências de hardware, como ocorre no PC.
De tempos em tempos, são lançados jogos para PC que dão um salto tecnológico em relação a tudo que havia saído até então. Podemos citar como exemplo jogos como Doom 3, F.E.A.R., Far Cry; que introduzem novas tecnologias, e novos parâmetros de exigência para serem rodados satisfatoriamente. Muitas vezes, sua tecnologia é tão avançada que é pesada demais até para os mais modernos computadores.
Crysis entra no rol desses jogos, e esse é o principal assunto em pauta quando se fala nele. No entanto, o jogo possui algo além dos gráficos esmerados?
Embora uma sequencia de Far Cry esteja a caminho, Crysis pode ser enquadrado como um sucessor espiritual desse jogo. Ambientado em cenários paradisíacos, faz uso de veículos, o enredo sofre uma reviravolta próximo ao seu final…enfim, tudo remete a Far Cry.
A grande novidade de Crysis é a nanosuit, armadura usada pelo personagem principal que lhe confere quatro diferentes tipos de poderes: armadura mais resistente, força sobre humana, super velocidade e invisibilidade. No entanto, esses poderes são bem subutilizados, exceto pela invisibilidade. E mesmo quando são necessários, são desafios óbvios e bobos. Uma pena.
Outra particularidade de Crysis é a liberdade de se modificar as armas a seu bel prazer, acoplando diversos tipos de miras e afins. Isso sim é uma adição muito legal e bem utilizada, já que é possível transformar qualquer arma de forma a torná-la adequada para a situação atual.
No mais, Crysis segue o padrão do estilo FPS, embora o faça com classe. A inteligência artificial é apurada, os tiroteios são bem intensos e exigem uma boa dose de tática e as partes com veículos quebram a monotonia, embora sejam um pouco frustrantes.
GRÁFICOS
Impossível falar em Crysis e não falar de seus gráficos. Pudera, o visual do jogo é assombroso. Os cenários são gigantescos, complexos, detalhados. Os modelos humanos são assustadores de tão reais, as armas idem, as texturas são magníficas. O nível de detalhamento impressiona: praticamente tudo no cenário reage às suas ações, cada um dos coqueiros pode ser quebrado com tiros, as edificações podem ser destruídas, as folhas se movem conforme o vento e se curvam conforme Nomad, nosso personagem, avança entre elas.
Claro que todo esse esplendor tem um preço: Crysis é, de longe, o jogo mais pesado que existe. Mesmo em qualidade média, rodá-lo não é bolinho; embora seu visual seja bonito mesmo nas qualidades mais baixas.
SOM
Dublagens caprichadas, som ambiente legal, musiquinhas simpáticas (embora repetitivas), e os inimigos coreanos falam em coreano (embora apenas na dificuldade máxima).
JOGABILIDADE
Padrão para o estilo. Os poderes da nanosuit são legais, embora muito subutilizados. No entanto, o sistema de modificação de armas é bem legal e útil. O problema maior da jogabilidade é o acionamento dos poderes da nanosuit, que se realiza pressionando a roda do mouse e deslizando-o para a posição correspondente ao poder que se deseja ativar. Não é nada raro acionar o poder errado no calor da batalha, o que pode muitas vezes custar a vida.
ARTE
O enredo é bem padrão, nada que impressione, assim como os personagens, bem típicos. A ambientação é ótima, os cenários são muito imersivos e bem concebidos.
DIVERSÃO
Crysis tem altos e baixos. Os combates são muito legais, temperados com as possibilidades da nanosuit. No entanto, algumas fases com veículos não são tão legais assim. E há diversas caminhadas intermináveis selva adentro, sem nenhum inimigo pra matar ou arma pra coletar.
No entanto, apesar de alguns momentos mais frios, Crysis é muito divertido, seus combates são muito intensos e derrubar helicópteros é sempre um prazer.
CONCLUSÃO
Embora o grande chamariz de Crysis seja mesmo seu visual embasbacante, é injusto reduzi-lo a benchmark. Sua jogabilidade é gostosa o suficiente para fazê-lo um bom FPS, e ele é divertido o bastante para impedir que você o largue antes de chegar ao seu fim. Pena o jogo ser tão mastodonticamente pesado, o que o torna um prazer para poucos.
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