Análise do jogo Mega Man X2
2 de novembro de 2020Por: Cosmão
Plataformas: Super Nintendo | New Nintendo 3DS | Wii | Wii U | Switch (em Mega Man X Legacy Collection) | PC – Computador | Playstation 4 (em Mega Man X Legacy Collection) | Xbox One (em Mega Man X Legacy Collection)
Se Mega Man X chegou para dar novos ares à série e escrever o outro lado da franquia, o X2 veio e aumentou tudo de forma bastante competente. Com o mesmo sistema de sempre (mate um chefe, ganhe sua arma e use-a em outro chefe), as fases selecionáveis e vários itens espalhados pelo cenário, Mega Man X2 ainda trouxe três novos inimigos que se colocam de forma aleatória nas fases do jogo. O que tudo isso tem a ver com a história? Sigam-me os bons!
Mega Man era um simples iniciante quando derrotou Sigma no primeiro jogo da série. Isso acabou custando a vida de seu líder, Zero, que terminou sendo destruído em combate. Seis meses após esses acontecimentos, X agora é líder dos Maverick Hunters, o que significa que a batalha ainda não acabou. Vários reploids se desenvolveram nesse meio tempo, causando o caos iniciado por Sigma e seus seguidores. X então parte em busca de vingança e acaba descobrindo mais coisas no caminho.
Alguns Mavericks pretendem reconstruir Zero e, para tal feito, estão atrás do chip central do robô laranja, o qual está de posse de Dr. Cain na sede dos Maverick Hunters. Em um determinado momento, os três Mavericks mais poderosos aparecem no mapa, oferecendo batalhas extras para recuperar as partes de Zero que estão em sua posse. Resgatar ou não vai da escolha do jogador, o que acaba influenciando um pouco na história do jogo. Toda essa diversidade já bastava para que, na época, os fãs do robô azul da Capcom ficassem alvoroçados com a possibilidade se controlar Zero, caso este fosse salvo por X. Mas, infelizmente, ainda não foi dessa vez.
A história do jogo vai se desenrolando conforme o jogador avança pelos chefes e recupera as partes de seu amigo Zero. No final de tudo, como não poderia ser diferente, Sigma se revela como a mente por trás de tudo. São 8 chefes iniciais, fora os três Mavericks especiais que possuem as partes de Zero, ou seja: de cara, 11 batalhas lhe aguardam antes da fortaleza final.
Mega Man X2 também inaugurou um novo chip da Capcom, capaz de reproduzir alguns efeitos tridimensionais, o que pode ser notado logo na abertura do jogo, quando o logo do Mega Man X2 estiver se formando na tela. Em alguns chefes e subchefes, o mesmo efeito é notado. Não é nada muito caprichado, mas, pra época meu amigo, era um dos efeitos mais bacanas. Lógico que tanto o SNES quanto o Mega Drive, anos depois, conseguiram fazer efeitos tridimensionais com maior qualidade.
Mega Man ainda pode coletar partes de sua armadura especial, chamada aqui de Giga Armor. Todas as partes dão recursos diferentes dos vistos em Mega Man X, as pernas, por exemplo, permitem que X se desloque no ar, o peitoral, além da defesa, permite uma rajada que acerta a tela toda e o capacete revela coisas escondidas no cenário. Todas as peças estão bem escondidas, portanto, vasculhar os cenários tornou-se algo mais necessário do que no primeiro game da série.
Cada etapa contém também várias coisas escondidas, como era de praxe na série. Corações que aumentam a barra de energia, sub-tanks que podem armazenar energia e partes da armadura do X. Cada chefe continua fornecendo a arma necessária para acabar com outro, mesmo que alguns sejam perfeitamente eliminados com a X-Buster e um pouco de habilidade. Aliás, é um desafio e tanto tentar destruir todos com a X-Buster.
Os gráficos do jogo continuam ótimos, com uma ótima movimentação, cenários bonitos inclusive com efeitos climáticos (na floresta é possível ver a chuva e o sol escaldante), chefes enormes e muitos inimigos na tela sem comprometer a velocidade do mesmo. O som continua com a qualidade de sempre, mesmo assim, prefiro a trilha sonora original, muito mais envolvente.
Mesmo nos dias atuais, Mega Man X2 continua bastante desafiador. Não basta apenas sair derrotando os chefes, se quiser ver coisas novas e diferentes no enredo, terá que enfrentar os chefes opcionais e resgatar as partes do Zero. Se quiser ter mais chances com os inimigos, é bom procurar pelas partes da armadura do X. E se for um bom fuçador, poderá até encontrar um famoso golpe de Street Fighter, algo que acontecia também no primeiro game.
Mega Man X foi um franquia de bastante sucesso em sua época. Essa segunda versão só veio para comprovar o fato. Com ótimos controles, variedade em tudo e excelentes gráficos, procurar por tudo no game acaba sendo uma tarefa prazerosa ao invés de cansativa. Mais um marco da Capcom no SNES!
Resumão:
+ gráficos caprichados;
+ quantidade de extras escondidos;
+ shoryuken!!
– as músicas ficaram inferiores ao primeiro jogo;
Final Score: 9
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