The Witcher 3: Wild Hunt – Análise (Review)

The Witcher 3: Wild Hunt – Análise (Review)

1 de janeiro de 2021 Off Por Rafael Castillo

Ficha do Jogo
Lançamento: 19 de maio de 2015 para as plataformas Microsoft Windows, PlayStation 4, Xbox One e em Outubro de 2019 para o Nintendo Switch
Jogadores: Um Jogador (Single-Player)
Gênero: Ação, Aventura, RPG
Desenvolvedora: CD Projekt Red
Idiomas disponíveis: Inglês, Francês, Alemão, Japônes, Coreano, Polaco, Português (Brasil), Russo, Chinês.
Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, PC, Xbox One, Xbox Series X/S
Tempo de Jogo: 50 horas, aproximadamente.
Versão do Jogo Analisada: Versão paraguia de Playstation 4

Classificação indicativa: + 18 Anos

The Witcher 3: Wild Hunt, é um dos jogos que podemos enquadrar na mesma categoria das obras de J.R.R. Tolkien como, ou você ama ou você odeia

Com uma temática um tanto quanto polêmica, confesso que a princípio não foi um jogo que tive interesse em jogar, mas bastou algumas horas de jogo para se tornar uma de minhas obras favoritas e a adotar o critério, não julgue um jogo sem antes tê-lo jogado.

Vencedor de 251 prêmios incluindo o The Game Awards 2015 de Melhor Jogo do Ano e Melhor RPG, The Witcher 3 ultrapassou a marca de The Last Of Us que até então havia conquistado 249 prêmios.

Produzido pela desenvolvedora polonesa CD Projekt Red, o jogo é baseado na obra literária Wiedźmin, do escritor Andrzej Sapkowski.

O livro também ganhou uma adaptação em série produzida pela Netflix com Henry Cavill no papel do bruxo Geralt de Rivia.

*Todas as imagens contidas nesta análise foram feitas por meio do console Playstation 4.

Geralt interagindo com alguns NPC’s em Pomar Branco.

Por dentro do jogo

A história é iniciada por uma surpreendente CG do bruxo Geralt de Rívia e seu mentor Vesemir investigando os rastros de uma feiticeira chamada Yennefer de Vengerberg, seu grande amor.

Ao chegar na “Vila de Pomar Branco” e após realizar algumas missões, Yennefer encontra Geralt em uma taverna da região, alegando que estava ao serviço do Imperador de Nilfgaard Emhyr Var Emreis, o qual lhe convocou a Vizima, a capital de Teméria ocupada por Nilfgaard para uma audiência.

Durante seu encontro com o Imperador, Geralt recebe a notícia de que Ciri, filha de Emhyr Var Emreis, havia sido vista próximo à região de Velen e solicitou seus serviços e táticas de guerreiro bruxo para encontrá-la.

Ciri havia desaparecido há tempos, e isto gerou um forte conflito em Geralt, pois ele a considerava como uma filha, além dela possuir alguns poderes especiais que lhe renderam anos de treinamento na fortaleza dos bruxos em Kaer Morhen.

Um sistema inserido no jogo que deve ser levando em conta a cada momento é o poder das palavras e suas consequências, e isto é inserido durante toda a história do jogo, tanto que essas escolhas influenciam até mesmo nas DLC’s lançadas posteriormente, portanto, tome cuidado ao escolher suas respostas.

Jogabilidade, Contratos e Missões Secundárias

A jogabilidade do personagem é bem fluida, misturando alguns comandos rápidos para executar magias e uma luta de espadas ou bestas no melhor estilo medieval possível com ótimas finalizações.

Além da história principal, há missões secundárias e contratos por todo o mapa. Os contratos são encontrados nos quadros de avisos oferecendo recompensas a quem cumpri-los, e geralmente são relacionados à caçada de monstros e outras criaturas. Realizar todos os contratos pode não ser uma tarefa fácil, já que alguns deles exigem um nível mais alto do personagem, sendo assim, é comum explorar o mapa em outras regiões e voltar para realizar os contratos depois.

Consultando alguns contratos em um Quadro de Avisos em Novigrad.

Os “Sinais”

Além das habilidades aprimoradas para o combate corpo a corpo, os bruxos possuem o conhecimento de executar os chamados Sinais, sendo eles:

  • Yrden – Cria um campo de armadilha. Essencial para o combate contra aparições e outros tipos de espectros, deixando-os mais lentos e mais suscetíveis aos golpes de Geralt.
  • Quen – Ativa um campo de força em Geralt protegendo-o de golpes diretos, porém, uma vez atingido o campo será desativado.
  • Igni – Executa uma rajada de fogo, que pode ser de grande ajuda ao lidar com diversos inimigos.
  • Axii – Este sinal é capaz de encantar e controlar as mentes dos adversários, tanto para deixá-los imóveis durante um combate, como para forçá-los a responder e considerar suas perguntas e pedidos.
  • Aard – Cria uma onda energia que causa um forte impacto em seus adversários, afastando-os consideravelmente para que possa realizar uma esquiva e tempo para executar uma sequência de golpes mais precisa, além de destruir algumas barreiras como portas e paredes supostamente fechadas, comumente sinalizadas por um brilho avermelhado.
Menu de Sinais

Uso da Alquimia

A alquimia é conhecida como a química de Idade Média e como o jogo se passa nesse universo isto é algo que não poderia faltar, com isto podemos criar e usar diversas poções, elixires, bombas e óleos, que são essenciais durante nossa aventura. Cada item possui uma fórmula e material específico para criação, seja ervas, águas destiladas, álcool e vísceras de alguns monstros, sim, isso mesmo, vísceras.

Geralt possui duas espadas, uma de aço para lutar contra humanos e humanóides e animais em geral, e uma de prata para os monstros e criaturas profanas. Para um melhor resultado e causar maior dano, é necessário envolver as lâminas com Óleos, os quais há um específico para cada tipo de inimigo. A busca de itens para melhoria dos Óleos é de extrema importância, pois quanto maior o seu nível, maior será sua eficácia.

As criaturas existentes no mundo de The Witcher são várias, e cada vez que nos deparamos com alguma delas são acrescentadas em nosso bestiário após serem derrotadas, e isto é de grande ajuda, pois nele é destacado quais itens aplicam mais dano ao inimigo. E se prepare, porque muitas dessas criaturas podem ser realmente assustadoras.

Menu de criação de substâncias alquímicas

Transporte e Viagem Rápida

Nosso meio de transporte é por conta de “Carpeado”, uma égua, que pode nos ajudar na hora do sufoco se quisermos fugir de alguma área perigosa o mais depressa possível, através de um assovio, “Carpeado” é capaz de ouvir a KM de distância e surgir em poucos segundos.

Ao explorar o mapa e entrarmos em alguma determinada região, as placas de localização dessas áreas são liberadas possibilitando a viagem rápida, algo que serve como grande ajuda considerando o tamanho do mapa do jogo.

Placas de Viagem Rápida e “Carpeado”

Uma motivação para a leitura

Para quem curte a leitura, este jogo é um prato cheio, repleto de livros e contos baseados na obra original, podemos encontrá-los espalhados pelo mapa e alguns mais raros podemos comprar com alguns vendedores. A leitura não é algo obrigatório, ao menos que seja um item aplicado à alguma missão, mas no geral, serve apenas como entretenimento e cultura, algo que eu particularmente gostei demais, muitas vezes abri o inventário e ao invés de jogar fiquei apenas lendo a coleção que já possuía.

Inventário dos livros e cartas que encontramos ao longo da jornada.

As Partidas de Gwent

O Gwent é um “minigame” de cartas presente no jogo, e este pode ser um ótimo passatempo quando você quiser dar uma pausa na história principal ou acabar com alguns monstros. É possível jogar cartas contra diversos NPC’S do jogo, e alguns deles podem lhe garantir ótimas cartas, principalmente se realizar a missão secundária para o Torneio de Gwent.

O modo de jogo é divido em turnos entre dois jogadores, sendo cada partida dividida em três rodadas, o jogador deve jogar uma carta de seu baralho por turno, aquele que obtiver mais pontos ao final da rodada vence.

Todas as cartas de Gwent, são inspiradas em personagens ou acontecimentos do universo de The Witcher.

Primeira rodada de uma partida de Gwent

Trilha Sonora

A trilha sonora neste jogo é tão incrível que não pode faltar na minha playlist, uma mistura de música celta com alguns toques medievais faz da aventura algo marcante, seja por alguma região que estamos de passagem, seja durante uma batalha gerando mais adrenalina. Algo comum de vermos durante o jogo são NPC’s tocando seus instrumentos ao ar livre, seja uma flauta, alaúde, tambor, enfim, mas todos eles com uma bela melodia.

Em 2016 foi gravado o “Live at Video Game Show”, um espectáculo que juntou a sua incrível composição musical à Orquestra da cidade de Tychy da Polônia.

Ao som de um Quarteto de bardos em Novigrad.

Um Modo Foto fez falta

O modo foto é uma ferramenta que não está disponível no jogo, algo que seria de muito bom grado a considerar as lindas paisagens e lugares que exploramos em seu mundo, por isto, nos resta usar e abusar do modo de captura do console, que embora não seja lá essas coisas, podem garantir ótimos “clicks”, e posteriormente aplicarmos algumas melhorias com um editor de imagens.

Um novo update lançado em 14 de Dezembro de 2022, trouxe ao jogo um modo foto disponível entre outras funcionalidades exclusivas para os consoles de nova geração, essa nova versão é chamada de “Next Gen”.

Captura da região de Mulbrydale

Considerações Finais

The Witcher 3: Wild Hunt marcou a 8ª geração de consoles, principalmente pela mecânica de interligar nossas escolhas tanto para o final do jogo principal como para as duas DLC’s lançadas posteriormente, Hearts Of Stone e Blood & Wine.

Este é um jogo altamente recomendado para fãs do estilo RPG envolto ao universo medieval.

Avaliação
Gráficos: 10.0
Diversão: 10.0
Jogabilidade: 10.0
Trilha sonora e Efeitos Sonoros: 10.0
Performance e Otimização: 10.0
Nota Final: 10.0 / 10.0

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