Análise (Review) de Batora: Lost Haven
6 de abril de 2023FICHA DO JOGO: Lançamento: 20 de outubro de 2022 Jogadores: 1 jogador Gênero: Ação, RPG Desenvolvedora: Stormind Games Publicadora: Team 17, Stormind Games Idiomas disponíveis: Inglês, Italiano, Francês, Espanhol – Espanha, Chinês simplificado, Coreano, Japonês, Polonês, Português-Brasil, Russo, Turco, Chinês tradicional. Disponível nas plataformas: PC – Computador (Windows, Linux, Mac), Switch *, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S. *Lançamento para Nintendo Switch: 06 de abril de 2023 Tempo do jogo: 6 Horas (história principal) Versão do jogo analisada: Nintendo Switch. |
Batora: Lost Haven foi lançado em 2022 nas plataformas PC, Xbox series S|X e playstation 5, porém está recebendo agora em abril uma versão para Nintendo Switch, que é a versão a ser analisada nesta matéria!
Algo misterioso destruiu a terra deixando apenas um terço de sua população viva, além de muitos destroços! Avril, que perdeu quase toda a sua família, luta para sobreviver ao lado de Mila.
Em um dia de exploração pelos escombros de uma cidade na Inglaterra, algo maior acontece com Avril… O Sol e a Lua se comunicam com ela e sua vida muda para sempre, com o destino em suas mãos, Sol e Lua emprestam o que restam dos seus poderes a Avril, pois grande parte foi junto com a destruição da terra, agora eles mal conseguem manter suas formas físicas.
Ainda restam muitos mistérios, o que exatamente aconteceu com a Terra? Quem são Sol e Lua, por que Avril é a escolhida? Escolha o seu caminho: Considere suas ações e forje seu caminho em um conto épico interplanetário!
Aqui quem ditam as regras são você, suas decisões alteram a vida de Avril! O quanto você está disposto a se sacrificar por amor?
História comum e diferente ao mesmo tempo?
Jogo com temáticas intergalácticas é o que não falta entre as diversas plataformas! Mas, a forma como Batora aborda o tema é única e cativante!
Viajamos entre os planetas, atrás de descobrir o que aconteceu com a terra, ou melhor, com o universo! Diferente da maioria com essa o pegada espacial, aqui não falamos sobre uma tecnologia super avançada robôs e naves espaciais!
Batora focou no lado mais vivo da história, conhecemos planetas e suas mais diversas criaturas, conhecemos a população que habita ali, bem como os monstros que assombram aquele local! São planetas mais simples e sem toda aquela tecnologia que estamos acostumados, quando o tema se resume em universo e outros planetas.
Indo para o lado da fantasia, Batora traz deuses e explora muito o lado espiritual, em diversos momentos o game investe muito na dualidade do físico e mental, até mesmo na própria Avril que consegue transitar entre esses dois estados com a ajuda dos poderes extraordinários de Sol e Lua.
O jogo te faz querer conhecer mais sobre determinado povo, entender a estrutura social daquele planeta, a sua história e o background dos personagens. O mais interessante, na minha opinião, é que o jogo não te dá muitas respostas de cara, cabe a você ir explorando e aos poucos descobrir todos os mistérios que circundam Batora – Lost Havens.
Os pedaços da história vão se completando através de flashbacks e ao desbloquear a lore dos personagens envolvidos na história principal.
A história com certeza é um ponto forte em Batora e a sacada de você ir desbloqueando ela aos poucos faz com que você queira mais toda hora, vão surgindo cada vez mais perguntas e isso te faz querer jogar mais Batora para finalmente entender tudo que realmente aconteceu.
Outro ponto de destaque é que você dita o rumo do jogo, em vários momentos estaremos diante de escolhas que irão traçar o caminho de Avril e para qual lado ela vai tender.
Mecânicas e Jogabilidade
Se prepare que lá vem coisa…
Lembra que falei sobre a dualidade do estado físico e mental? Então, a transição entre esses dois mundos é bem explorada, inclusive transitamos nele com facilidade e isso ajuda muito no combate.
Basicamente, a Avril, personagem que controlamos, possui essas duas formas e cada uma delas conta com uma vida, é como se fossem personagens diferentes, seus modos de atacar são diferentes, bem como a defesa e até a velocidade. Certa forma da mais dano e alguns tipos de monstro enquanto a outra forma favorece o dano em outros monstros. Para ser mais específica, a forma física da mais dano em monstros de forma física e a forma mental, nos mentais. Mas, o caos começa quando existem as duas formas em uma mesma batalha, então tem que pegar o jeito de ficar trocando as formas enquanto enfrenta os inimigos.
De início, eu tive bastante dificuldade, mas depois que peguei o jeito achei incrível essa mudança, deixa o jogo muito mais divertido e dinâmico, eu amo ficar mudando de forma enquanto enfrento uma onda de inimigos, fazendo combos e se esquivando deles. Vale lembrar, que as nossas formas também possuem alguns bônus, a forma física é bem melhor para atacar de perto enquanto a outra possui mais vantagem a uma certa distância.
E um detalhe, você conseguir um upgrade em um estado, não significa que o outro também receberá esse upgrade, pelo contrário, pode ser que isso faça algum downgrade na outra forma! Isso geralmente é feito através das runas que você ganha ou compra de mercantes, vão existir runas que aumentem seu HP físico, mas diminuam sua defesa mental, entendeu? Claro que existem as runas especiais que podem tanto melhorar os dois lados ou melhorar apenas um, sem mexer em nada do outro.
Esse detalhe da um outro ar para o jogo, te faz pensar mais estrategicamente ao invés de só sair gastando adoidado com runas aleatórias e inconscientemente faz com que você acabe escolhendo um lado. Isso é incrível! Adoro quando os jogos colocam esses detalhes sutis mas que requerem nossa atenção, pois aquele pequeno detalhe dita todo o rumo da gameplay.
Perfomance e bugs
Agora, indo para o lado mais técnico e chato, em Batora sofri alguns problemas de perfomance, nada exorbitante, mas que estavam ali.
A tela de carregamento entre cenas ou até para começar o jogo demora muito para carregar, lembrando que essa foi minha experiência no Nintendo Switch! Além disso, também sofri com alguns travamentos, eles ocorriam sempre antes de uma cutscene começar, de novo, não é nada super grave que afetasse a minha gameplay, mas aquela mini travada no início de cada cena cortava um pouco da emoção que estava sentido enquanto jogava. Imagine que você está em um momento de super tensão e do nada o jogo pára por alguns segundos para começar alguma cena.
Mas, também devo admitir que o sentimento voltava até maior com as cenas, por que elas eram simplesmente impecáveis e me faziam assistir atentamente a cada momento!
Gráficos
Aqui eu fico bastante dividida! Ao mesmo tempo que acho o jogo muito lindo, devo ser sincera e dizer que esse peso é carregado majoritariamente pelas cutscenes. As cenas me chamaram muito a atenção pelo o quão bem feitas foram, gráficos lindos, com áudio e cenas super emocionantes.
A gameplay eu também achei bem bonita, temos cenários bem preenchidos, com detalhes, jogo de luz e sombras e texturas bem feitas, mas a diferença entre as cenas e a gameplay em alguns momentos é bem gritante, sei que as cutscenes nos games são bem mais elaboradas, isso é óbvio, porém em Batora algumas gameplays deixam os personagens meios distorcidos ao ponto de não conseguirmos ver o rosto, então tenho que ser justa e dizer que esse não é o jogo mais bonito de todos, mas, temos um porém.
A maioria das cenas que os personagens não estão detalhados são as de fala, quando geralmente a Avril está falando com alguém e aí eles fizeram uma coisa que achei bem legal, além do seu “boneco” falando, os personagens aparecem de forma bem mais detalhada em 2D com as falas na tela.
É meio que uma mistura do 3D com o 2D e na minha opinião isso conseguiu disfarçar bem o fato do game não ser super detalhado em certos pontos, sem contar que eu achei uma ótima forma de colocar as legendas das falas, a maioria dos games só joga as palavras na tela e em muitos casos elas contrastam pouco com o fundo, o que dificulta a leitura. Você definitivamente não vai ter esse problema com Batora!
No geral, os gráficos em Batora são bem coloridos e dão mais vida ao jogo, assim como o traços dos personagens, é bem característico e muito bem feito.
Músicas e Trilha sonora
Batora – Lost Haven é um jogo rico em áudio e sons, todas as cutscenes são faladas, isso deixa o jogo muito mais dinâmico e menos monótono, a dublagem dos personagens estava impecável, uma pena que para os áudios a única opção de linguagem disponível é Inglês, além disso o background é enriquecido por uma trilha sonora com uma melodia incrível, elas conseguem passar muito bem a emoção de cada cena e fazem com que você realmente se sinta na pele da Avril!
O ponto alto para mim realmente foi a dublagem, até no jogo quando você precisa falar com algum personagem elas estarão presente, cada personagem com sua voz característica e até o sotaque mudando um pouco de acordo com as raças. Este é um detalhe que traz toda a diferença quando estamos jogando e deixa o game mais fluído.
Quanto à sonoplastia, ela não sai por baixo, os sons do jogo são muito bem feitos e representam de maneira fidedigna as ações, seja da espada enfrentando os inimigos, ou até o dash que damos para esquivar deles. De fato, é um jogo muito bem feito no quesito de sons e trilha sonora.
Diversão
Como uma boa fã do gênero RPG, Batora me pegou de jeito! Nos primeiros minutos de gameplay o jogo conseguiu me prender por horas sem que eu percebesse. Você fica querendo saber mais daquele mundo, da história daquelas pessoas e se envolve emocionalmente com os personagens ao ponto de que os objetivos de Avril realmente se tornem seus. A diversão aqui é garantida e digo sem medo que esse jogo não é monótono, a todo tempo estão acontecendo coisas, personagens falam com você enquanto vai descobrindo o que de fato aconteceu com aqueles planetas!
O único porém aqui é o tempo de gameplay, com mais ou menos 6 horas de jogo, você consegue finalizar a história principal de Batora e eu, bem, eu queria mais para ser sincera. No mais, acredito que Batora tem potencial para se tornar um grande jogo e ainda tem muito a ser explorado!
Pontos positivos
+ Legendas em português;
+ Fala dos personagens dubladas;
+ Dualidade física e espiritual;
+ Cutscenes muito bem feitas e envolventes.
Pontos negativos
– Tela de load demora para carregar;
– Dublagem apenas em Inglês;
– Pequenos travamentos antes das cutsecenes;
– História Curta.
Avaliação:
Gráficos: 8.7
Diversão: 9.0
Jogabilidade: 10.0
Som: 10.0
Performance e Otimização: 8.5
NOTA FINAL: 9.24 / 10.0
*Essa análise foi feita através de uma cópia cedida gentilmente pela Team 17.
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