Análise (Review) de BROK the InvestiGator

23 de outubro de 2023 Off Por Rafael Castillo

Um Beat ’em up diferente do que estamos aconstumados. Conheça mais sobre este jogo que mistura um investigação e pancadaria.

Ficha do Jogo
Lançamento: 26 de Maio de 2006
Jogadores: Um Jogador (Single-Player)
Gênero: Ação, Aventura, Point-and-click, Beat em’ Up, Investigação.
Desenvolvedora / Publicadora: COWCAT
Plataforma: Nintendo Switch, PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S
Idiomas Disponíveis: Inglês.
Legendas: Espanhol (Espanha), Inglês, Chinês (simplificado), Alemão, Russo, Italiano, Chinês (tradicional), Japonês, Francês, Português (Brasil), Polonês
Tempo de Jogo: 14 horas, aproximadamente.
Versão do Jogo Analisada: Versão digital para Playstation 4

Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 10 anos.

Por dentro do enredo

BROK the InvestiGator, se passa em um mundo futurista com algumas referências ao estilo Cyberpunk, no qual animais munidos de inteligência racional substituíram os humanos. Os cidadãos privilegiados vivem sob uma cúpula protegida da poluição ambiental, enquanto todos os outros cidadãos sofrem para sobreviver e busca justiça por seus ideais de igualdade, tema muito abordado principalmente em filmes que envolvam esse estilo futurista.

O jogo conta com Brok, um jacaré de 35 anos, ex-campeão de boxe e que agora atua como detetive investigativo. Brok, mora em uma espécie de porão junto ao gato Graff, seu enteado de 16 anos, filho de sua falecida esposa, Lia, que faleceu cerca de cinco anos antes, não tendo conseguido esclarecer exatamente o acidente que lhe tirou a vida. A narrativa do jogo em sim é muito profunda, e grande parte da jornada consiste em Brok e Graff na busca de respostas e informações que podem até estar ligadas diretamente à existência deles, enquanto partem no combate ao crime pelas ruas da cidade.

Jogabilidade

O sistema de jogabilidade é uma mistura investigação com Beat em” Up, que consiste em em combinar pistas, ao investigar os cenários e resolver alguns Puzzles, que exigem certas habilidades de raciocínio. No decorrer das fases, enquanto partimos rumo ao até então desconhecido desfecho da história, encontraremos diversos personagens ao longo do caminho, habilitando conversas aleatórias, mas que dão base ao jogo e a o próprio combate.

Os comandos seguem um padrão do estilo, com socos e chutes, defesa e alguns golpes especiais. Ambos os personagens, Brok e Graff, possuem habilidades e estilos de luta muito parecidos, embora transpareça que o Brok possui maior força no combate. Há 3 modos de jogo, sendo “Novato”, “Padrão” e “Hardcore”, todos eles respeitando um grau de dificuldade considerável entre eles, principalmente durante as lutas com oponentes mais desafiadores. É possível seguirmos a história principal do jogo, o qual irá habilitar não somente as lutas, mas também esse puzzles investigativos até a sua conclusão ou optar pela luta livre, andando pela cidade e distribuindo a pancadaria em que estiver pelo caminho.

*Escolha o seu estilo de jogo.

Algo que pode ser um tanto quando enjoativo é grande quantidade de diálogos, algo muito parecido como em jogos de RPG, nos quais é aberta uma janela de interação entre os personagens e textos são disparados conforme o decorrer das conversas. Particularmente, isto não é algo que me agrada, mas há quem goste do estilo, e se gosta este jogo não perde em nada com isto, pois é muito “rico” em narrativa.

*Bate e defenda, mas não pare de bater.

Gráficos, Performance e Otimização

O jogo em si lembra muito designs de jogos antigos do estilo Beat Em’ Up, principalmente a abordagem dos inimigos. Tendo como referência um formato 2D mais remodelado, podemos ver em BROK the InvestiGator um capricho quando o assunto é design de personagens e ambiente, tornando o jogo visualmente chamativo e prazeroso de jogar.

Notei uma clara inspiração no jogo Street Of Rage 4, último jogo da clássica franquia, mas remodelado com padrões parecidos. Os cenários embora curtos, têm grande referência ao estilo Cyberpunk. Os ambientes internos também, são muito bem feitos, com itens, acessórios e móveis muito bem detalhados. Mas, o destaque de visual em si fica para os personagens e NPC’s, principalmente o de Brok e Graff, que são muito bem desenhados e altamente estilosos. Enquanto jogava em nenhum momento houve travamentos, bugs ou algo do tipo, deixando a gameplay fluida e bem dinâmica.

*Escolha entre Brok e Graff

Trilha Sonora e Som

A trilha do jogo ficou a cargo de um compositor americano conhecido pelo pseudônimo de “Python Blue”. Que busca a combinação de músicas orquestraos no tilo de Hans-Zimmer com sintetizadores industriais e similares, em um stilo synthwave dos anos 80. No geral, a trilha é muito boa e combina muito bem com o estilo e ambientação do jogo, oferecendo um som consideralvemente nostálgico e moderno ao mesmo tempo. Os efeitos sonoros, diga-se de passagem, também são muito bons, principalmente os sons de pancadira, socos e chutes.

*Cenários e personagens muito bem feitos.

Conclusão

A combinação de elementos RPG, essa característica investigativa e o Beat Em” Up, é algo que podemos considerar um dos elementos mais interessantes deste jogo, gerando maior diversidade de coisas ao fazer enquanto jogamos, diferente dos jogos antigos desse estilo que consiste apenas em andar e bater. Porém, a grande quantidade de diáologos textuais podem tornar o jogo enjoativo, e fazer seus jogadores quererem avançar logo e partir para a pancadaria, afinal, essa é a parte mais legal rsrs.

Mas, ao considerar sua estrutura e desenvolvimento como um jogo Indie, é realmente impressionante o enorme zelo que tiveram ao desenvolvê-lo e a atenção aplicada em seus detalhes como em seu sistema de jogabilidades, gráficos e etc. Enfim, este é um jogo que merece estar na coleção para aquela gameplay mais casual, mas que ainda é capaz de gerar descontração e passar algumas boas horas.

Pontos Positivos

+ Gráficos;
+ Movimentos dos personagens;
+ Disponibilidade de interface, diálogos, áudios e legendas em diversos idiomas.

Pontos Negativos

– Quantidade excessiva de caixas de diálogo ;
– Fases muito curtas.

Avaliação:
Jogabilidade:
8.5 / 10.0
Gráficos: 9.5 / 10.0
Som e Diversão: 9.0 / 10.0
Performance e otimização: 9.5 / 10.0
Trilha Sonora: 9.0 / 10.0
Notal Final: 9.1 / 10.0

*Esta review foi realizada através de uma cópia gentilmente cedida pela produtora do jogo.

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