Análise (Review) de Jitsu Squad – O Beat ‘em Up Ainda Não Está Morto!

29 de janeiro de 2023 Off Por José Daniel

Ficha do Jogo:
Lançamento: 29 de março de 2022.
Jogadores: Um a quatro jogadores.
Gênero: Ação, Arcade, Beat ’em Up.
Desenvolvedora: Tanuki Creative Studio.
Publicadora: Tanuki Creative Studio, United Games Entertainment GmbH.
Idiomas disponíveis: Inglês, Francês, Italiano, Alemão, Japonês e Espanhol.
Plataformas: Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch e PC – Computador.
Tempo do jogo: 2 a 4 horas.
Versão do jogo analisada: Versão americana para Nintendo Switch.

Classificação Indicativa: +16 anos.

Apresentação Inicial

Jitsu Squad é um Beat ’em Up muito curioso e, de certo modo, até inovador. Para quem está acostumado com jogos de pancadaria com uma fórmula mais clássica, Jitsu Squad tenta fazer o oposto disso, ao mesmo tempo em que mantém sua estrutura retrô. Em uma primeira olhada nas imagens do jogo, a sua arte visual chama bastante a atenção, mas pode não ser o suficiente para despertar o devido interesse. Vamos analisar Jitsu Squad por completo para que não reste dúvidas para novos jogadores e fãs de brigas de rua de plantão se vale ou não a pena jogá-lo.

*Todas as screenshots foram tiradas durante o gameplay no Nintendo Switch.

Enredo

Como já é de costume em jogos beat ’em up, não temos propriamente uma história, ou seja, há apenas um pano de fundo. A lendária estátua da Pedra de Kusanagi contém a alma de um poderoso demônio que garantirá poderes divinos para quem o acordar.

Ramen.
Baby.

O feiticeiro perverso, Origami, convocou guerreiros antigos para conquistar a pedra em troca de poderes infinitos para aquele que for capaz. Ramen, um sábio monge, reuniu suas forças para reunir quatro heróis e afastá-los da calamidade total. Hero, Baby, Aros e Jazz, então, formam o Jitsu Squad.

Como o Jogo Funciona?

Jitsu Squad possui uma enorme gama de influências e deixa isso bem claro: Streets of Rage, Final Fight, Marvel vs. Capcom III, Dragon Ball FighterZ e Super Smash Bros. O que isso significa? Que o jogo tem uma mistura bem completa, beirando a fórmula do sucesso. Com quatro personagens iniciais e dois modos de jogo (Solo e Tag Team), poderemos embarcar em uma aventura frenética e animada rumo ao bom humor e diversão intensa.

No modo Solo, assumiremos apenas um dos personagens (escolha do jogador) e iremos até o final com o personagem selecionado. Já no modo Tag Team, há duas possibilidades: jogar sozinho assumindo os quatro personagens ou jogar com um amigo e cada um escolher apenas dois personagens. Na versão de Switch, não foi possível jogar no modo Tag Team sozinho.

Hero mandando ver no flipper.

Cada personagem possui suas próprias características, possibilitando que o jogador possa escolher o qual mais lhe agradar ou experimentar cada um deles. Eu joguei com o Hero e com a Baby a campanha completa praticamente e apenas testei os outros dois. Hero é o padrão, mantendo suas habilidades dentro do mais equilibrado. A Baby é mais focada em agilidade, com golpes mais velozes. Jazz é “o mago” do grupo e o Aros fecha com chave de ouro, sendo o casca-grossa, ou seja, movimentação mais lenta e golpes mais fortes.

O cenário cheio, mas não necessariamente poluído.

Mecânicas

Quando se trata de jogos Beat ’em Up 2D, nem sempre temos mecânicas muito variadas e nem tão complexas quando jogos de pancadaria em 3D. No caso de Jitsu Squad, temos algumas opções bastante diferenciadas que o tornam bem único, mesmo com inúmeras inspirações. Há uma boa mistura entre golpes e combos juntamente com contra-ataques e golpes especiais.

Conforme avançamos e vencemos inimigos, iremos encontrar pergaminhos que destravarão habilidades ao estilo Marvel vs. Capcom, ou seja, basta apertar uma sequência de botões para realizar um combo ou golpe mais forte. Tudo isso aliado aos itens que encontraremos pelo cenário, como armas secundárias e itens que destravam um especial momentâneo.

Nova técnica.
Um especial, no mínimo, inusitado.

Apesar de parecer simples, o game apresenta uma enorme variedade para cada coisa. São inúmeros especiais, possibilidades de combos, transformações de personagens e possibilidade de interação com outros personagens. Além disso, os cenários são bem vivos e bem trabalhados. Traz uma grande variedade de inimigos, subchefes e chefes, tornando a curta experiência, uma aventura com um fator replay obrigatório.

Hero com armadura.

Gráficos

Com um estilo bem animado de cartoon, o jogo apresenta gráficos bem-feitos e detalhados. Apesar de possuir gráficos em desenho, o jogo é muito violento e apresenta desmembramentos, explosões sangrentas e afins. De fato, a qualidade da animação, design dos cenários e inimigos é espetacular. A sensação mista de estar assistindo a um desenho da Adult Swim e estar jogando um clássico retrô é bastante única de nostalgia com novidade.

Tocando o terror.

Problemas e Bugs

Em relação aos bugs, é bem tranquilo. Não lembro de ver nada efetivamente relevante para contabilizar como um bug. No entanto, em relação aos problemas, apresenta quedas de quadros, alguns travamentos, além de ter crashado duas vezes no Nintendo Switch. Outro problema que o game tem é de não possuir a possibilidade de escolher saves novos, ou seja, se você quiser jogar com outros personagens, mas já começou uma campanha, o jogo irá sobrescrever seu salvamento e assumirá o novo com o personagem escolhido (aconteceu comigo e foi bem frustrante, já que eu estava na última missão do game). Fora problemas técnicos, o jogo não apresenta modo online, o que acaba sendo um problema bem chato para o estilo que o jogo tem.

Extras: Trilha Sonora e Acessibilidade

A trilha sonora e efeitos sonoros, de modo geral, são muito bem-feitos. A trilha das batalhas contra chefes são sensacionais e agregam na imersão do ambiente frenético que o jogo traz. Não são tantas variações, mas complementa a atmosfera de forma bastante satisfatória. Percebe-se o carinho que os desenvolvedores tiveram ao implementar ótimas trilhas e em momentos específicos de forma adequada.

O jogo também apresenta um modo acessibilidade, onde é possível modificar alguns aspectos visuais e até mesmo desbloquear tudo de uma vez só. Não são tantas possibilidades de acessibilidade, mas cumpre com o que promete nesse quesito.

Conclusão

Jitsu Squad é um beat ’em up necessário para todo fã do gênero. É bonito, é divertido (dentro do proposto) e consegue fazer uma boa mistura entre o clássico do gênero e modos mais atuais de pancadaria. Traz mecânicas bem interessantes e inovadoras para o estilo, diferenciando-o de suas influências. Por ser um jogo curto, a falta do modo online pode ser um incômodo para algumas pessoas, ainda mais quem não tem como jogar com alguém lado a lado. Apresenta problemas chatos e que poderão atrapalhar no gameplay, mas nada que inviabilize de jogá-lo. Vale a pena dar uma olhada no game, principalmente em versões diferentes da de Nintendo Switch.

Pontos Positivos

Ótima variedade de combos
Personagens característicos
Trilha sonora boa
Inúmeras referências aos jogos clássicos e cultura pop
Gráficos bonitos

Pontos Negativos

Versão de Switch parece diferente de outras
Não possui modo online
Problemas de performance
Não há possibilidade de criar novos salvamentos

Avaliação:
Gráficos: 10.0
Diversão: 8.0
Jogabilidade: 9.0
Trilha Sonora e Efeitos Sonoros: 10.0
Performance e Otimização: 6.5
NOTA FINAL: 8.7 / 10.0

*Essa análise foi produzida a partir de uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Tanuki Creative Studio.

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