Análise (Review) de Little Orpheus

2 de agosto de 2023 Off Por Olivia Marinho
FICHA DO JOGO:
Lançamento: 12 de junho de 2020
Jogadores: 1 jogador
Gênero: Ação, Aventura, Plataforma
Desenvolvedora: The Chinese Room
Publicadora: Secret Mode,Sumo Digital Academy
Idiomas disponíveis: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Francês, Holandês, Inglês, Italiano, Japonês, Português, Russo
Plataformas: Xbox One, Xbox Series S/X, Playstation 4, Playstation 5, Nintendo Switch, e PC.
Classificação Indicativa: 10

Versão do jogo analisada: Nintendo Switch

APRESENTAÇÃO

Na pele do protagonista russo Ivan Ivanovich, um bravo desbravador, iremos partir numa gameplay narrada pelo próprio personagem enquanto tenta explicar sua jornada ao General Yurkovoi: “um homem tão assustador que o próprio Stalin lhe pagaria uma bebida”. A premissa do jogo se baseia em clássicos como Flash Gordon para contar uma estória heróica num mundo subterrâneo vasto, enquanto buscamos uma bomba atômica chamada Little Orpheus, missão essa quase impossível para um homem tão ingênuo e ainda tão corajoso quanto Ivan.

A gameplay é simples,enquanto andamos num mundo 2D com gráficos 3D vamos ouvir a estória que estamos jogando partindo da conversa entre o protagonista e seu general. O jogo não é dublado, mas é possível adicionar legendas, para facilitar sua compreensão. Dividido em episódios, é como uma experiência de ver uma série antiga daquelas que passam em canais que reprisam velhas séries de TV, com áudio chiado e efeito scanline de televisão de tubo.

ASPECTOS TÉCNICOS

Os comandos são botões de ir para esquerda ou direita, pular, agachar e interagir com objetos ao redor. Simples mas efetivo, já que Little Orpheus foca mais em sua narrativa do que na gameplay, o que acaba tornando ele uma mídia bem maçantes. São comandos lentos (talvez tentando imitar um realismo), entregando uma jogabilidade entediante e cansativa. Os 30 minutos do primeiro episódio (o mais chato, por ser introdutório e meio tutorial) pareciam sem fim, assim como o resto da jogatina. A premissa pode se mostrar divertida,mas morre no “parece”.

Vale ressaltar que em tempos de tantos jogos triple A blockbuster, é válido prestigiar algo fora da caixinha, mas parece que saiu da caixinha, caiu no chão e não fez mais nada. Curioso, pois o título ganhou inúmeros prêmios por sua execução, mas não fez mais do mesmo e até menos do que títulos parecidos como Limbo ou Oddworld.

Os gráficos são ok, afinal não tem muito de chamativo, mas a escolha estética fica meio cartunesca e talvez causasse mais impacto se fosse 2D. A versão de Switch morre por sua resolução baixa que nem entrega bons visuais. Mas isso é uma crítica geral ao console, por ter um potencial gráfico tão baixo (Jogar Mortal Kombat 11 aqui é de doer a vista). Devo dar o crédito da criação de uma sensação de vastidão e pequenez interessante, mas que mais uma vez morre um pouco por ser em 3D. Engraçado que os episódios possuem abertura com imagens em silhuetas e efeitos toscos os quais eu amei muito mais do que a estética in-game.

O jogo permite legendas o que ajuda quem não entende o sotaque forte ou mesmo não consegue ouvir e jogar tão bem,mas as letras são muito grandes e ocupam boa parte da tela, causando uma poluição audiovisual horrível.

PONTOS POSITIVOS

  • Estética interessante para quem gosta de cultura pop anos 80 – 90
  • Jogo curto

PONTOS NEGATIVOS

  • Gameplay Lenta
  • Legendas muito grandes
  • Entendiante

CONCLUSÃO

Entediante. A gameplay se resume em andar para o lado e esperar que algo aconteça, e ainda deve ser um evento repetitivo que não parece avançar a história tão bem quanto deveria. Talvez o problema não seja a ideia,mas sua execução.Little Orpheus daria um ótima livro de”faça seu caminho”,onde você escolhe o caminho do protagonista, muda para uma página específica e espera que esteja tudo bem.Como jogo virtual fica entediante. Até se fosse uma série interativa não funcionaria, pois fica nesse vazio imenso e vasto que não impacta e não cativa nem um pouco.

AVALIAÇÃO:
Gráficos: 5.0
Diversão: 0.0
Jogabilidade: 5.0
Som: 5.0
Performance e otimização: 0.0

NOTA FINAL: 3.0

Confira o trailer do jogo:

Essa análise foi produzida a partir de uma cópia (cedida pela produtora do jogo).

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