Análise (Review) de Lumo

13 de janeiro de 2023 Off Por Markus Norat
FICHA DO JOGO:
Lançamento: 24 de maio de 2016
Jogadores:  1 jogador
Gênero: Plataforma, Aventura
Desenvolvedora: Triple Eh Ltd
Publicadora: Triple Eh Ltd, Thalamus Digital
Idiomas disponíveis: Inglês, Francês, Italiano, Alemão, Espanhol (Espanha), Português (Brasil), Russo, Japonês.
Disponível nas plataformas: PC – Computador (Windows, Mac OS X, Linux), PlayStation 4, PlayStation Vita, XBox One, Nintendo Switch.
Especificações técnicas mínimas no PC – Computador: SO: Windows 7. Processador: x86 Dual Core, 2.4Ghz. Memória: 4GB RAM. Gráficos: GPU Direct X9 com 1 GB de RAM (Shader Model 3). DirectX: versão 9.0. Armazenamento: 4 GB de espaço disponível. Placa de Som: Qualquer placa de som compatível.
Classificação Indicativa: Livre – Indicado para todas as idades.

Versão do jogo analisada: Versão americana, para Nintendo Switch.

Lumo simboliza o ressurgimento e renovação de um gênero que há certo tempo estava esquecido. Trata-se de um jogo com aventura isométrica clássica, com um toque moderno, para jogadores de todas as idades. Lumo é uma versão atualizada do gênero de plataforma isométrica que foi muito popular no passado e pode ser apreciado por qualquer pessoa que esteja procurando por uma aventura desafiadora e gratificante. Para aqueles que cresceram jogando videogames nos anos 80 e 90 ou que conhecem a cultura e os jogos desse período, o jogo está repleto de referências e Easter eggs dessa época, o que torna a experiência ainda mais emocionante.

O jogo começa com você sendo um menino que pode explorar uma área limitada, até encontrar um computador problemático em uma sala, e acaba sendo transportado para o mundo digital. A partir de agora você passa a ser um pequeno mago que possui um chapéu enorme, que precisa passar por diversos enigmas e desafios para conseguir encontrar quatro itens e, assim, voltar à salvo para o seu mundo.

O game começa te entregando movimentos super limitados, mas com o tempo você vai adquirindo novas habilidades, após ir encontrando power-ups que conferem novos poderes, ou simplesmente, permitem novas formas de se movimentar, incluindo até a possibilidade de pular. O jogo conta com mais de 400 quartos em quatro áreas únicas, seis mini games escondidos e muitos segredos para serem descobertos, o que torna Lumo é uma grande jornada de descobertas silenciosas, pois não há textos explicando o que você deve fazer. Você passará de uma sala para outra e em cada uma delas haverá enigmas que você deverá observar e entender o que deve ser feito, assim, os desafios serão desvendados de acordo com o nível da sua curiosidade em ficar procurando detalhes e enigmas no cenário.

A perspectiva isométrica proporcionada pelo game, no começo pode causar algumas confusões, podendo fazer com que você sinta certa dificuldade em julgar onde alguma coisa realmente está no cenário e até errar alguns saltos. Não é uma situação constante, mas poderá acontecer com você no início da jogatina; de toda maneira, desde o início, o game te permitirá escolher a mecânica e a forma que você irá controlar o personagem, dando a opção de você escolher se quando você mexer para baixou ou para cima no cursor do controle, se o mago irá para se movimentar para baixo e cima ou para a diagonal. O que ajuda muito para servir como uma espécie de treino, é o fato de que as primeiras salas que você irá jogar são bem simples e servem como uma ambientação para você se acostumar com a forma de controle escolhida.

Os gráficos de Lumo (fazendo uma alusão ao significado da palavra Lumo, que quer dizer “encantamento” em finlandês) são verdadeiramente encantadores! São gráficos belíssimos, muito bem desenhados em todos os seus aspectos e detalhes, desde as pedras das paredes e do chão, até as portas, caixas e do próprio mago. As cores utilizadas nas salas do jogo são plenamente adequadas à ambientação do jogo, realmente a arte gráfica foi produzida de maneira precisa, pois são agradáveis aos olhos e em nenhum momento deixam sentir cansaço visual; de uma maneira geral, os gráficos são simples (obviamente) porém muito bonitos e bem trabalhados, o que nos faz mergulhar mais intensamente na jogatina do game.

No que se refere ao gameplay, Lumo irá tirar a sua paciência em certos momentos, pois o jogador precisa superar alguns desafios físicos, como ter que dar saltos muitíssimos precisos para conseguir não cair em buracos ou em lagos tóxicos, e ainda conseguir alcançar a porta de saída de algumas salas. Apesar de alguns desses desafios serem enlouquecedores no momento que você estiver errado, após conseguir passar desses pontos você voltará rapidamente a sentir vontade de continuar a sua jornada no game, pois os desafios encontrados em Lumo são bem diversificados, como se esquivar de lasers oscilantes, criar escadas improvisadas com blocos de gelo e pular precariamente sobre degraus próximos a lagos tóxicos, o que faz com que você não enjoe do game com facilidade, pelo contrário, em certos momentos o game te deixará muito viciado, pois você estará sempre se sentindo desafiado a passar de um determinado ponto, desvendar o novo enigma, e também, porque o game é repleto de itens colecionáveis. Conforme avança no jogo, o jogador adquire um cajado mágico que pode iluminar caminhos invisíveis e superar outros desafios.

Um problema um pouco irritante foi detectado durante a nossa jogatina: em alguns poucos momentos, a câmera pode dificultar o seu progresso no jogo, pois ela mais atrapalha do que ajuda, deixando aquela sensação frustrante, de que você está sendo boicotado; algo que os jogadores que já se aventuraram em Super Mario 64 (Nintendo 64) devem se lembrar, pois apesar de o estilo das câmeras dos dois games sejam totalmente diferentes, o sentimento que elas causam – as vezes – é o mesmo.

Conclusão:

Em resumo, Lumo é um jogo de plataforma isométrico com uma pegada retro, porém, ao mesmo tempo é um game bastante moderno, e apresenta gráficos e som maravilhosamente adequados ao formato e tipo de jogo, o que nos faz submergir na história do jogo. Ainda, é um jogo que possui várias referências a ótimos jogos antigos, e isso deixa Lumo ainda mais divertido. A jogabilidade lhe exigirá um pouco de treino no começo, mas rapidamente você irá pegar o jeito e irá gostar do estilo de gameplay adotado no game, já que o estilo de jogo, inclusive, faz parte da graça na resolução dos vários desafios, que exigem habilidade e concentração, e que estão espalhados por todas as salas do game. Se você está procurando por um jogo com um estilo retro, mas que tenha uma pegada moderna, Lumo é certamente uma ótima pedida.

Pontos Positivos:

+ Ressurgimento de um bom estilo de jogo que estava abandonado há certo tempo;
+ Os fãs do estilo irão se divertir bastante;
+ Jogo com boa dose de desafios, sem ser cansativo.

Pontos Negativos:
– Em alguns poucos momentos, a câmera pode dificultar o seu progresso no jogo.

Avaliação:
Gráficos: 9.0
Diversão: 9.5
Jogabilidade: 8.0
Som: 9.5
Performance e Otimização: 8.5
NOTA FINAL: 8.9 / 10.0

* Essa análise foi produzida a partir de uma cópia do jogo para Nintendo Switch, cedida pela produtora.

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