Análise (Review) de Sol Divide
31 de outubro de 2022Por: Cosmão
Ficha do jogo: Data de lançamento: 1997 Gênero: Jogo eletrônico de tiro, Jogo eletrônico de luta, Adventure Publicadora: Psikyo, CITY CONNECTION, XS Games, Console Classics, Jaleco Ltd, Atlus, 505 Games Plataformas: Nintendo Switch, PlayStation One, PlayStation 2, PlayStation 4, Xbox One, PC – Computador (Microsoft Windows), Sega Saturn, Arcade – Fliperama. |
O que acontece se juntarmos RPG + shooter + mitologia? O resultado não poderia ser outro à não ser Sol Divide, um game bem diferente e original, não só pela união desses três fatores, mas também pela forma como os produtores souberam com maestria juntar esses elementos num game caprichado. Nascido nos arcades, Sol Divide foi portado para o Sega Saturn e Playstation One, e posteriormente relançado para outros consoles de videogame mais atuais; e essa é a versão do game que vamos conhecer agora.
A história de Sol Divide é que…. ele não tem uma história propriamente dita. Oriundo dos arcades, já era de se esperar que a história aqui seria complicada de existir, então, vou me basear na jogatina e nas informações que coletei: de alguma forma inexplicável, um poderoso homem convocou 3 criaturas poderosas para que fossem até as profundezas do planeta destruir alguém muito mal. Quem é esse cara ou quem é esse ser maléfico infelizmente vou ficar devendo pra vocês. Mas garanto que isso não fará a mínima falta durante a jogada, podem ficar tranquilos.
Em Sol Divide controlamos um dos 3 heróis que voam e atiram projéteis, além de atacarem com suas respectivas armas. Cada um deles tem uma característica que o diferencia dos demais: enquanto Kashan é mais durão e aguenta mais porradas, Vorg com sua espada é mais rápido e a gatinha Tyora é melhor com magias. Resumindo: jogue com os 3 e faça você mesmo sua escolha.
Na tela inicial do game podemos escolher entre jogar a versão clássica dos arcades ou partir pro modo RPG do game, o que sem dúvidas é o que mais vale a pena aqui. Nesse modo, escolhemos um dos 3 personagens e partimos para as profundezas, enquanto evoluímos o mesmo coletando itens, amuletos protetores, ervas de cura, livros de magias entre outras coisas típicas de RPG. Mesmo sendo focado em um shooter, Sol Divide une de forma única o RPG à este estilo. Os inimigos em sua maioria deixam baús ao serem mortos. Uma vez coletados devem ser abertos com as chaves corretas, nada de tentar abrir o baú dourado com a chave de prata, pois não vai rolar. Seu inventário tem um limite de itens também, obrigando o jogador a usar as coisas na hora certa e guardar itens de cura pra uma eventual necessidade. As magias são todas bem conhecidas de quem joga RPG, como Fire, Ice, Wind, Thunder, Slow e ainda temos algumas summons para invocar e estraçalhar os inimigos.
Os gráficos do game também chamam bastante a atenção. Mesmo sendo simples em sua essência, os personagens e inimigos são muito bem desenhados e as magias enchem a tela de efeitos especiais que não devem nada pra nenhum R-Type da vida. Os chefes costumam ser enormes, todos muito bem feitos com um foto realismo impressionante pra época (e pros dias de hoje também). Eu não joguei a versão pura do arcade pra dizer, mas as versões do Saturn e Playstation que joguei possuem gráficos muito bons, com nenhum slowdown, mesmo com a chuva de tiros acontecendo na tela.
Falando nisso, a dificuldade do game é descabelante! No modo arcade as coisas ficam mais simples, pois os continues prolongam bastante a jogatina e a oferta de magias é grande. Já no modo RPG a coisa pega. Se morrer lá na frente, voltará no começo e sem nenhum upgrade ou magias coletadas no percurso. As magias nesse modo aparecem com menos frequência, devendo ser usadas com certa cautela. Os inimigos não dão sossego, desde magos voadores lançando magias até dragões cuspindo fogo, os inimigos em Sol Divide vão testar sua paciência. E como o personagem é meio grande na tela (principalmente se comparado à qualquer nave de qualquer shooter), desviar da chuva de tiros e magias é uma tarefa árdua.
O som apresenta músicas bacanas e efeitos sonoros condizentes com a temática. Os controles respondem bem, mas um lance aqui complica sua vida: seu personagem não pode atirar pra trás, o que pode ferrar no combate contra alguns inimigos. Mas, sinceramente, não é algo que atrapalhe tanto assim não, basta se acostumar com esse pormenor que dá pra jogar numa boa.
Sol Divide é uma grata surpresa que surge quando menos esperamos e faz algo que esperamos menos ainda. Unir shooter com RPG não é lá algo tão comum assim. O fato de ainda possuir qualidade na coisa o torna mais imperdível ainda.
Resumão:
Prós:
+ gráficos caprichados;
+ sistema de jogo inovador e funcional.
Contras:
– a dificuldade é descabelante no modo RPG.
NOTA FINAL: 8.5
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