Análise (Review) de Star Wars Republic Commando

6 de maio de 2023 Off Por Olivia Marinho
FICHA DO JOGO:
Lançamento: 01 de março de 2005
Jogadores: 1 jogador
Gênero: Tiro,Tiro Tático
Desenvolvedora: LucasArts
Publicadora: LucasArts, Lucasfilm, Disney
Idiomas disponíveis: Inglês, Francês, Alemão, Italiano
Plataformas: Microsoft Windows,  Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Xbox
Classificação Indicativa: 14 anos

Versão do jogo analisada: PC – Computador

APRESENTAÇÃO

Produzido pela LucasArts, Republic Commando é um dos inúmeros títulos de jogos de Star Wars que paralelamente conta uma ou várias histórias dentro do universo expandido da clássica saga de ficção científica. No jogo em questão,vivenciamos alguns dos muitos dias da gigantesca Guerra dos Clones (período histórico da saga tão grande que é o que mais possui jogos, desenhos e subfranquias).

No jogo controlamos o líder de um esquadrão de commandos clones, 38, e seus soldados, 07, o sniper, 40, o hacker, e 62, o bombardeiro (e o coração e piadas da equipe). Cada um possui habilidades distintas, mas é você quem deve comandar o que cada um deve fazer, seja atirar, agrupar, vasculhar ou entrar em posições específicas de ataque, defesa e operação de recursos e funções mais complexas.

Devido a complexidade tática do jogo, leva um tempo até que o jogador se acostume aos controles e a dificuldade entre realizar tarefas e ter que matar inimigos. Esse ritmo frenético é a base do jogo. Ao longo da campanha as munições ficam escassas e é necessário alta estratégia e paciência para fazer muitas coisas. Por causa disso tudo, o jogo soma 10 horas ou mais de conteúdo, dependendo da habilidade do jogador.

ASPECTOS TÉCNICOS

Por se tratar de um jogo de tiro tático, a versão de computador exige um pouco de coordenação motora para utilizar tantos botões no teclado, para além do WASD de movimentação, espaço para pular e o mouse para atirar, tem 1 botão para troca de granada, um para soco, um para recarregar, um para dar ordens, um para agachar, um para ligar a visão noturna e até um para mira avançada. Além desses, o teclado numérico são as armas e as teclas de funções de F1 até F4 também representam comandos dados aos soldados, como ataque, defesa, reagrupar e cancelar comandos. Tudo fica muito próximo da mão esquerda e pode sobrecarregar quem não está tão acostumado a jogos com tantos botões.

Mesmo já acostumada com os controles, acontecia de eu apertar sem querer algo indevido e no calor da batalha acabar morrendo. Muitas vezes eu fechei o jogo, porque ele consegue ser bastante estressante, apesar da diversão. É tático! então há um nível mínimo que o título exige de quem joga.

Apesar disso tudo, há uma fluidez crescente que pode ser encontrada ao longo das mais de 10 missões do jogo, divididas em 3 localizações. A primeira situa a guerra dos clones e como os dois lados (república vs separatistas) têm feito de tudo para alcançar a vitória. Como a tropa de commando funciona quase como uma força especial, suas missões geralmente são extremamente cruciais para o avanço da república contra seus inimigos.

Somos apresentados a diferentes raças e seus armamentos especiais, que podem ser adquiridos após derrotar algum inimigo. Ainda assim são poucas armas e como a munição vai ficando escassa, você vai apenas se ater a pistola, ao que parece um rifle de guerra, uma arma sniper e uma arma de munição pesada, como uma bazooka.

O ponto alto de Republic Commando e que une todos os nós é descobrir vários pontos ocultos das linhas escondidas da guerra dos clones. O que parece apenas uma grande batalha campal teve muitas missões de infiltração, execução de inimigos poderosos e mesmo a aparição de personagens como o General Grievous e o Mestre Yoda.

O jogo também conta com uma trilha sonora de tirar o fôlego, com algumas trilhas já conhecidas da saga e outras que são reestruturações e baseadas no que já causa arrepios nas telas há tantos anos. Inclusive é possível encontrar uma música produzida pela banda Ash que foi utilizada como extra no jogo e toca nos créditos finais. É uma música que se encaixa bem com o ano, nu metal com vocais rasgados e uma letra densa. Confira abaixo:

Outro ponto muito positivo é que os 4 personagens do jogo conversam muito entre si, rendendo um ótimo desenvolvimento de personagem e principalmente de empatia entre eles e o jogador. É fácil se apegar ao 07 por ser tão explosivo, ao 40 por ser metódico e fazer logo tudo, e ao 62 por fazer piadas horríveis. O carisma da equipe só perde para o próprio 38, com quem jogamos,por ele ser dublado pelo mesmo ator que interpretou o assassino mandaloriano Jango Fett, Temuera Morrison, o pai de Boba Fett.

A sensação ao finalizar o jogo foi de ganhar uma nova memória afetiva e uma vontade de fazer tatuagens, adesivos e até ler mais sobre a guerra dos clones. Star Wars tem suas pérolas e Republic Commando é uma delas.

PONTOS POSITIVOS

  • Duração do jogo: com mais de 10 horas de jogo e conteúdos extras passei mais de uma semana jogando e rejogando o título
  • História: desenvolvendo mais a guerra dos clones, Republic Commando é uma ótima pedida para fãs que queiram descobrir mais desse universo vasto
  • Diversão: para além das piadas do 62, o jogo é extremamente viciante e causa arrepios devido a sua trilha sonora maravilhosa

PONTOS NEGATIVOS

  • Bugs: inimigos travando, paredes invisíveis ou problemas de colisão podem ser vistos algumas vezes mas acontecem mais ao fim do jogo
  • Dificuldade de comandos: aliado ao teclado cheio, o jogo pode gerar confusões e estresse com uma necessidade tão complexa de estratégia do jogador
  • Coisas demais na tela: além do HUD do jogo ser um pouco poluído é possível deixar uma moldura de capacete na tela (opcional, e que eu mesma tirei logo que vi) que atrapalha mais ainda. Para completar, os soldados às vezes ficam na sua frente e é possível que você mate um aliado sem querer ou se confunda ainda mais

CONCLUSÃO

Esse ritmo frenético que falei anteriormente, o excesso de comandos e mesmo mais de 30 inimigos na tela me causaram uma agonia gigantesca,mas não fosse o meu amor profundo por Star Wars, certeza que eu nem teria chegado ao final do jogo. O que posso dizer que torna ele nichado? talvez, mas ainda é um jogo tático, é para causar estresse. 

Ainda assim, a experiência total e inebriante de chegar ao fim de cada missão e ver uma cutscene linda de guerras e lasers me causava uma alegria sem tamanho no meu coração. E acho que isso segue o fluxo do que é Star Wars. Nem todo conteúdo da saga vai ser plenamente bom e mesmo o que é original e cânon também tem seus altos e baixos. E posso encerrar essa análise dizendo facilmente que esse foi um dos melhores jogos de tiro que já joguei na minha vida.

Confira abaixo o trailer do jogo para o PS4:

AVALIAÇÃO:

Gráficos: 10.0
Diversão: 10.0
Jogabilidade: 10.0
Som: 10.0
Performance e otimização: 10.0

NOTA FINAL: 10.0

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