Analise (Review) de White Day: A Labyrinth Named School – História original, gameplay genérica!

7 de dezembro de 2022 Off Por Guilherme Possani
Ficha do Jogo:
Lançado em: 19/11/2015 (Android), 22/08/2017 (Playstation 4 e PC), 08/09/2022 (Xbox One e Series S/X, Nintendo Switch e Playstation 5)
Jogadores: 1 jogador
Gênero: Survival Horror
Publicado por: PQube Limited
Desenvolvido por: Sonnori
Tamanho do arquivo: 10GB
Idiomas disponíveis: Inglês
Plataformas: Celular – Mobile (Android e iOS), Playstation 4, Playstation 5, PC – Computador, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch.

Versão do jogo analisada: Versão americana, para Xbox One X.

White Day: A Labyrinth Named School é um game sul-coreano de terror em primeira pessoa, com foco na exploração e também no stealth. A trama se passa durante o feriado chamado White Day (espécie de dia dos namorados na Coreia do Sul), onde nosso protagonista, Lee Hee Min, se interessa por uma garota que deixa pra trás se diário durante um de seus encontros. Lee Hee Min decide devolver seu diário na escola em que o game é ambientado, obviamente, como todo bom jogo de terror, isso ocorre ao anoitecer.

Bu!

O game é um remake do título homônimo, lançado originalmente em 5 de setembro de 2001, para PC. Na versão atualizada, o game foi modelado pela engine Unity 5, substituindo a Wang Real Engine, da versão anterior.

Apesar do enredo original, trazendo elementos da cultura sul-coreana, White Day sofre com aspectos que o tornam um game genérico. Uma escola parecida com Midwich Elementary School, de Silent Hill, jogabilidade de Outlast, mas mal adaptada, onde muitas vezes parecemos estar flutuando, principalmente nas movimentações em frente aos espelhos, e o visual dos fantasmas é exageradamente parecido com Fatal Frame. Os personagens são pouco carismáticos e recordar o nome de cada um deles é muito mais complexo do que se lembrar de Leon, Jill, Chris, Cybil, Harry e outros tantos…

Os gráficos são um pouco datados, mas não estragam a experiência

A história gira em torno das vidas que se perderam no interior daquela escola, que já havia sido utilizada para outros fins, como uma base militar, por exemplo, onde almas ficaram aprisionadas no local. Além da entidade que abriu um portal entre os mundos e passou a assolar a paz dos alunos e possuir os zeladores da escola, nossos piores inimigos.

No game podemos correr e utilizar alguns locais como esconderijo, como banheiros e armários, em ambientes escuros podemos utilizar um isqueiro como fonte de luz. Como game de terror White Day é fraco em sua proposta, e sua ambientação não tem nenhum aspecto que cause desconfortos, os efeitos de luzes são ruins e os poucos momentos de tensão só existem por conta dos jumpscares.

Os diálogos e escolhas são apresentados desta maneira

White Day é baseado em escolhas, os puzzles são bem elaborados, o que traz uma certa nostalgia em relação aos survival horrors antigos. Devido à narrativa e a história terem seu desfecho baseado em nossas escolhas, o game contará com muitos diálogos e alternativas que determinarão nosso progresso. A mecânica é simples, podemos andar, correr, interagir com objetos do cenário, acender isqueiros, entrar em esconderijos e basicamente é isso.

Não há muito o que falar sobre inovações em Labyrinth Named School, que basicamente é como se fosse um livro interativo. Diálogos, escolhas, puzzles, quicktime events e fugas, sendo elas de humanos tomados por entidades (os inspetores da escola), ou pelos 20 fantasmas que têm aparições em momentos específicos da trama.

Os puzzles são legais de resolver e te farão pensar bastante

Como mencionado acima, a versão da análise foi testada em um Xbox One X, o que de certa forma contribui para a experiência negativa. Para um game de console, White Day:  A Labyrinth Named School é limitado, mas para um mobile, pode ser uma boa alternativa, embora alguns games já nos mostraram que é possível ter bons resultados em ambas as plataformas, vide a franquia Grand Theft Auto.

 Caso a história, que realmente é o ponto alto do game, prenda sua atenção, talvez a experiência se torne melhor. A duração também é outro bom aspecto a ser levado em conta, já que o game possui 10 finais distintos e diferentes modos de concluir a jornada de Lee Hee Min, o que garantirá várias horas de exploração pelo colégio. No mais, não espere muito do que teria potencial para ser um diferencial no gênero, mas preferiu se esconder nas sombras dos já consagrados títulos do mesmo segmento.

Pontos positivos:

+ História original e boa narrativa

+ Possibilidade de jogar em mobiles

Pontos negativos:

– Movimentação bugada

– Jogabilidade datada e entediante

Avaliação:
Gráficos: 7.0
Diversão: 4.0
Jogabilidade: 5.0
Trilha e Efeitos sonoros: 6.0
Performance e Otimização: 6.0
NOTA FINAL: 5.6 / 10.0

* Essa análise foi produzida a partir de uma cópia do jogo cedida pela produtora do jogo.

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