Mario Kart World – Análise (Review)

Mario Kart World – Análise (Review)

11 de junho de 2025 Off Por Markus Norat

Quando Mario Kart World foi anunciado como o carro-chefe do lançamento do Nintendo Switch 2, confesso que minhas expectativas estavam tão altas quanto um turbo triplo nas retas finais da Rainbow Road. A franquia já era sinônimo de diversão, caos e nostalgia — e a promessa de um mundo aberto, 24 competidores simultâneos e novos modos revolucionários parecia ambiciosa demais até para os padrões da Big N. Mas, ao colocar as mãos no jogo pela primeira vez, percebi que não estava apenas diante de mais um título da série. Eu estava diante de uma reinvenção completa.

Foram muitas e muitas horas jogando, de diversas formas: sozinho, com amigos, online e offline. E a cada curva, a cada pulo carregado, a cada skin desbloqueada e a cada derrota por um casco azul maldito, Mario Kart World me convenceu: esta é uma das melhores experiências que a Nintendo já criou. E estou prestes a contar por quê!

Mecânicas e Jogabilidade

A essência do que tornou Mario Kart um fenômeno está toda aqui: corridas frenéticas, itens malucos, curvas desafiadoras, derrapagens cirúrgicas. Mas Mario Kart World vai além disso. A principal mudança está no formato das corridas: as pistas agora se entrelaçam num open world contínuo, o que transforma cada corrida em uma verdadeira maratona de habilidades, estratégia e adaptação.

Cada Grand Prix é estruturado como uma sequência interligada: não há mais aquele corte abrupto entre uma pista e outra. Ao terminar uma volta, você simplesmente continua acelerando e bum, está em outra pista. Isso gera uma sensação de continuidade absurda e empolgante. Em alguns momentos, cheguei a esquecer que estava em um Grand Prix tradicional. Era como estar em um enorme parque de diversões, com pistas brotando à minha frente.

Outra grande novidade é o modo Knockout Tour. Um tipo de battle royale automobilístico, onde você precisa evitar ser um dos últimos colocados em checkpoints pré-definidos — ou está eliminado. A adrenalina corre solta. Joguei incontáveis vezes, sempre achando que poderia ir mais longe. É viciante. O modo exige equilíbrio: ir bem sem chamar a atenção, mas não ficar atrás demais para não ser chutado fora da corrida.

E se tudo isso não bastasse, há ainda o modo Free Roam. Nele, você explora o mundo aberto interligado das pistas, descobre segredos, cumpre desafios escondidos nos “P-Switches” e desbloqueia novos personagens, roupas e adesivos. Embora o modo careça de atividades mais diversificadas, ele ainda é uma adição bem-vinda que amplia a experiência — especialmente quando se quer relaxar entre uma corrida e outra.

A jogabilidade está ainda mais precisa. Com novos movimentos como charge jumps, wall-riding e grind rails, o jogo exige um domínio técnico maior dos jogadores. Há uma diferença clara entre quem apenas joga e quem domina essas novas mecânicas. Senti isso na pele ao competir contra jogadores mais experientes online — e isso me motivou a melhorar.

Gráfico

Simplesmente deslumbrante. Jogar Mario Kart World no Switch 2, com resolução em 4K e HDR, é como ver a série sob uma nova luz, literalmente. Os ambientes agora têm um nível de detalhe e animação sem precedentes. As cores vibram na tela, os reflexos são dinâmicos, o clima muda em tempo real (chuvas torrenciais, neblina, céu limpo ao entardecer) e há uma riqueza ambiental que me deixou de queixo caído mais de uma vez.

Os personagens estão mais expressivos e estilizados do que nunca. Cada novo traje, desde o “Wampire Waluigi” até a Peach agricultora ou Yoshi sorveteiro, é carregado de carisma e bom humor. As pistas, por sua vez, variam entre o exuberante e o absurdamente criativo. DK Spaceport, por exemplo, traz um Donkey Kong robótico gigante jogando barris nas curvas, lembrando o jogo de 1981. Boo Cinema, por outro lado, parece ter saído diretamente de um Halloween da Nintendo, com atmosfera sombria, folhas voando e sons fantasmagóricos ao fundo.

E não posso deixar de mencionar a qualidade da câmera nos modos multiplayer: ver o rosto dos meus amigos quando eles levavam um casco vermelho direto na testa é uma experiência que beira o sadismo divertido, mas ainda assim impagável.

Som: nostalgia e inovação em perfeita harmonia

Nintendo sempre mandou bem em trilha sonora e aqui não é diferente. A trilha de Mario Kart World é uma verdadeira sinfonia de nostalgia e inovação. Há novas composições orquestradas com maestria e releituras modernas de músicas clássicas da franquia. A sensação é de estar ouvindo um greatest hits remixado com carinho.

Os efeitos sonoros continuam perfeitos. O som da roleta de itens, o impacto dos cascos, a risada de personagens quando ultrapassam alguém… tudo é pensado para transmitir identidade e energia. Destaque especial para os personagens que cantam ou soltam frases específicas ao realizar manobras, como Pauline fazendo um verdadeiro show vocal ao pular uma rampa.

E há um detalhe maravilhoso: os efeitos mudam dependendo do ambiente e do momento da corrida. Em pistas com água, por exemplo, o som dos motores muda sutilmente. Em ambientes fechados, há reverberações. É um capricho que só a Nintendo entrega com essa precisão.

Diversão

Mario Kart World é diversão pura. Em grupo ou sozinho, não tem como não se empolgar com o ritmo frenético das corridas, as armadilhas dos itens, o caos das ultrapassagens e os gritos de “filho da mãe!” quando alguém acerta você na última curva.

A variedade de conteúdo é massiva: mais de 100 personagens, incontáveis roupas, veículos, desafios, adesivos, modos e mecânicas. Isso sem contar os desafios passivos, como distância percorrida, número de manobras feitas ou moedas coletadas, que funcionam como conquistas internas.

O modo multiplayer (tanto local quanto online) é um show à parte. Joguei com amigos no sofá, conectei com estranhos ao redor do mundo, organizei torneios com regras personalizadas… E o jogo nunca me cansou. Tem algo viciante e catártico em jogar uma pista caótica e sair vitorioso contra 23 oponentes.

Claro, o modo Free Roam poderia ter mais variedade; depois de algumas horas, ele se torna mais repetitivo. Mas como espaço para relaxar, customizar e procurar segredos, ainda cumpre seu papel com louvor.

Performance e Otimização

Talvez o maior mérito técnico de Mario Kart World seja conseguir fazer tudo isso (mundo aberto, gráficos 4K, 24 jogadores simultâneos) rodar com fluidez. No Switch 2, o jogo é um verdadeiro tech showcase.

A performance é impecável: taxa de quadros estável, carregamentos rápidos, sem travamentos ou engasgos mesmo nas sessões com 4 jogadores em tela dividida. Testei também o online intensamente e fiquei surpreso com a estabilidade dos servidores. Pouquíssimo lag, desconexões raras e partidas rápidas para encontrar jogadores.

Até mesmo no modo portátil o jogo se comporta de forma admirável. A qualidade gráfica, embora adaptada para a tela menor, continua de alto nível. A Nintendo acertou em cheio na otimização, e Mario Kart World é a prova viva de que o Switch 2 é uma potência real. Vendo tudo que este jogo está entregando, eu já estou maravilhado, só imaginando os próximos games que virão para o Nintendo Switch 2… Se estamos falando de um jogo de início de geração, imagine o que virá por aí, quando os desenvolvedores já estiverem tirando tudo que a capacidade do console permite!

Conclusão

Depois de muitas e muitas de horas divertidíssims de jogatina, posso dizer com convicção que Mario Kart World correspondeu e superou as minhas expectativas. Realmente o game é um marco na história da franquia. Um jogo que respeita suas raízes, mas não tem medo de inovar e expandir seus horizontes, literalmente.

É divertido, é bonito, é empolgante, é criativo. Tem profundidade para os veteranos e acessibilidade para os novatos. Há falhas, sim, principalmente na subutilização do modo Free Roam, mas elas não tiram o brilho da experiência. Se você tem um Switch 2, Mario Kart World é obrigatório. E se você ainda não tem o console… bem, este jogo é o motivo certo para você pergar o seu dinheiro e entregar nas mãos da Nintendo assim que você puder, pois você precisa vivenciar essa maravilha.

Pontos Positivos:

  • Gráficos deslumbrantes em 4K com clima dinâmico;
  • Corridas com 24 jogadores funcionam perfeitamente;
  • Knockout Tour é inovador, desafiador e viciante;
  • Customização profunda de personagens e veículos;
  • Trilha sonora espetacular e nostálgica;
  • Jogabilidade refinada e cheia de novas mecânicas;
  • Modo multiplayer (local e online) extremamente sólido;
  • Grande quantidade de conteúdo desbloqueável.

Pontos Negativos:

  • Modo Free Roam tem poucas atividades realmente engajantes;
  • Progressão em split-screen poderia ser melhor implementada;
  • Grind rails são pouco interativos e sem desafio.

Avaliação

Avaliação Final:
Gráficos: 9.5
Diversão: 10.0
Jogabilidade: 9.8
Som: 9.6
Performance e Otimização: 10.0
NOTA FINAL: 9.78 / 10.0

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