Os jogos mais difíceis do PlayStation

Os jogos mais difíceis do PlayStation

20 de junho de 2025 Off Por Markus Norat

Você já sentiu aquela sensação de frustração que se transforma em euforia quando finalmente vence um chefe impossível? Já passou horas preso em uma única fase, tentando descobrir o momento exato para atacar ou a melhor maneira de sobreviver por mais alguns segundos? Se a resposta for sim, você está no lugar certo. Este artigo é uma celebração – ou uma advertência, dependendo da sua coragem – aos jogos mais difíceis já lançados para os consoles PlayStation. Aqui, vamos explorar uma seleção de títulos que testam até os jogadores mais experientes, exigindo reflexos afiados, paciência quase sobre-humana e uma vontade inquebrantável de melhorar.

O Desafio Definitivo dos RPGs de Ação

Wo Long: Fallen Dynasty – Uma dança entre espadas, demônios e honra

Poucos jogos representam com tanta intensidade o equilíbrio entre dificuldade e recompensa quanto Wo Long: Fallen Dynasty. Ambientado em uma China alternativa mergulhada no caos da dinastia Han posterior, este título não se contenta com confrontos básicos. Você encarna um guerreiro sem nome, arrastado por um enredo sombrio, onde humanos corrompidos pela guerra se unem a entidades demoníacas para formar um pesadelo em forma de campo de batalha. Aqui, cada duelo é uma prova de moral – literalmente, já que a mecânica de moral afeta a força dos inimigos e do protagonista, tornando cada encontro imprevisível.

Não basta dominar os controles. É preciso aprender os padrões, respeitar os ritmos dos combates e saber quando recuar. Um passo em falso pode ser fatal, mas o triunfo traz uma das sensações mais gratificantes que um jogo pode oferecer.


Returnal – O ciclo da morte como mecânica central

Se existe um jogo que transformou a derrota em parte integrante da narrativa, é Returnal. A cada morte, a protagonista Selene renasce em um planeta alienígena hostil, com ambientes, inimigos e itens que mudam a cada tentativa. É uma mistura de bullet hell, ação em terceira pessoa e roguelike, que exige atenção constante, reflexos rápidos e muita estratégia.

A ambientação psicodélica e claustrofóbica contribui para o clima de tensão. Em Returnal, até a própria memória da personagem é uma armadilha, e o jogador precisa se adaptar à instabilidade do mundo e à própria fragilidade.


Lies of P – A fábula macabra da dificuldade elevada

Inspirado em Pinóquio, mas com um toque sombrio e mecânicas que remetem a Soulslike, Lies of P é um daqueles jogos que não perdoam erros. A atmosfera densa, os inimigos implacáveis e o combate técnico fazem deste título uma obra-prima para quem aprecia um desafio verdadeiro.

A movimentação exige precisão absoluta. Parry, esquivas e ataques devem ser usados com inteligência, e os chefões… Bem, espere por batalhas longas, difíceis e cinematográficas. Lies of P é um conto de fadas só para os fortes.


Os Samurais da Frustração

Nioh 2 – Onde cada espada tem sua alma

Se Nioh já era desafiador, sua sequência multiplica o desafio e as opções de personalização. O sistema de combate baseado em postura, habilidades especiais, transformação yokai e dezenas de armas torna cada confronto único. Além disso, o design de fase é recheado de armadilhas, becos sem saída e chefões de tirar o fôlego (literalmente).

Jogá-lo é como treinar em um dojo virtual onde a punição para cada erro é a morte instantânea. Mas a evolução constante do jogador é o verdadeiro motor do jogo.


Prince of Persia: The Lost Crown – Velocidade, reflexo e domínio do tempo

Em uma reinvenção moderna da clássica franquia, The Lost Crown combina elementos de Metroidvania com combate acrobático e manipulação temporal. Embora mais acessível visualmente, o jogo rapidamente revela sua verdadeira face: inimigos que punem qualquer deslize, seções de plataforma quase impossíveis e quebra-cabeças ambientais que exigem domínio absoluto do cenário.

O jogo recompensa a perseverança e premia os habilidosos com sequências espetaculares e momentos de pura adrenalina.


Os Titãs da FromSoftware: Onde Sofrer é Parte da Experiência

Elden Ring – Liberdade e punição em mundo aberto

Elden Ring redefiniu os padrões dos jogos de mundo aberto. Mas engana-se quem acha que liberdade significa facilidade. A dificuldade característica da FromSoftware permanece intacta, com chefões aterrorizantes, dungeons ocultas e desafios que surgem do nada.

O jogador pode escolher seu caminho, mas nem sempre isso significa segurança. Às vezes, o desvio leva direto à boca do dragão – literalmente. Com uma lore profunda escrita em colaboração com George R. R. Martin, o jogo entrega narrativa e jogabilidade em níveis raramente alcançados na indústria.


Bloodborne – Um pesadelo gótico sem misericórdia

Esqueça escudos e defesas passivas. Em Bloodborne, o jogador precisa atacar para sobreviver. O sistema de combate agressivo favorece aqueles que partem para cima, o que torna a experiência frenética. A cidade de Yharnam é um pesadelo vivo, cheia de monstros grotescos e reviravoltas bizarras.

Cada canto escuro pode esconder uma ameaça, e cada boss exige várias tentativas e ajustes de estratégia. É um jogo que exige bravura e recompensa com cenas memoráveis.


Sekiro: Shadows Die Twice – A lâmina afiada da precisão

Sekiro é o ápice da técnica entre os jogos da FromSoftware. Ao contrário dos outros títulos da casa, aqui você não pode recorrer a builds de mago ou invocar ajuda. A luta é pessoal. Um erro significa morte quase certa, e a única maneira de avançar é se tornar um mestre da espada.

A mecânica de postura, os contra-ataques, o stealth e os combates com chefões fazem do jogo uma obra-prima para quem busca aprimorar habilidades e não apenas vencer.


Dark Souls III – Um mundo belíssimo e brutal

O último capítulo da saga Dark Souls sintetiza o melhor (e o pior) da série. Ambientes melancólicos, trilha sonora épica, design de chefões magistral e uma sensação de constante ameaça permeiam cada momento.

A progressão é dolorosa. O aprendizado, lento. Mas a recompensa – aquela tela de “You Died” substituída por um “Victory Achieved” – é algo que poucos jogos conseguem igualar.


Armored Core VI: Fires of Rubicon – Mecas, tática e destruição

A FromSoftware trouxe de volta sua franquia de combate entre robôs com uma pegada moderna. Em Armored Core VI, montar seu mecha é uma arte. Escolhas de peças, armas, sistemas de propulsão e armamentos afetam diretamente o desempenho.

As batalhas são rápidas, letais e exigem não apenas reflexos, mas também estratégia e ajustes constantes. Se você achava que só espadas samurais podiam ser difíceis, espere até enfrentar uma frota inteira com sua carcaça metálica.


Os Tesouros Difíceis da Cena Indie

Blasphemous 2 – Horror sacro e punição divina

Com estética grotesca e temas religiosos, Blasphemous 2 mergulha o jogador em um mundo decadente, com inimigos perturbadores e fases elaboradas. A jogabilidade é precisa, mas implacável. Você não pode errar.

A trilha sonora melancólica e o visual sombrio complementam o desafio, oferecendo uma experiência que é ao mesmo tempo artística e brutal.


Cuphead – Animação retrô, dificuldade moderna

Talvez o maior engano visual da história dos games, Cuphead parece um desenho animado dos anos trinta, mas exige reflexos de jogador profissional. Cada chefão é uma sequência coreografada de balas, plataformas e armadilhas.

E não se engane: o charme dos gráficos desenhados à mão não suaviza em nada a crueldade do design.


Hollow Knight – Beleza sombria e dificuldade meticulosa

Com atmosfera melancólica e uma trilha sonora tocante, Hollow Knight encanta à primeira vista. Mas por trás da fachada adorável, esconde-se um dos maiores desafios dos jogos 2D. Os combates são intensos, as explorações exigem atenção e os chefões testam todos os seus limites.

É um Metroidvania para quem realmente quer se provar.


Darkest Dungeon II – Um mergulho psicológico no inferno

Neste RPG tático, o horror não está apenas nas criaturas, mas também no impacto emocional em seus personagens. Estresse, medo, doenças e conflitos internos podem destruir o seu grupo antes mesmo da batalha começar.

Cada decisão importa. Cada combate é tenso. E a sensação de derrota pode vir tanto de fora quanto de dentro.


Animal Well – O labirinto da lógica

Sem combates. Sem chefes. Sem ação explosiva. Animal Well é um desafio cerebral. Neste labirinto pixelado e misterioso, a dificuldade está em interpretar o mundo ao seu redor, entender o funcionamento dos mecanismos e usar a lógica para sobreviver.

É um tipo diferente de desafio, mas tão satisfatório quanto.


Considerações Finais: Qual é o mais difícil?

Difícil responder. Cada jogo listado aqui testa um tipo diferente de habilidade: paciência, técnica, raciocínio, reflexos ou até mesmo resistência emocional. Mas todos compartilham um elemento em comum: eles exigem o melhor de você. Não há atalhos, não há facilidades. Só você, sua determinação e o desafio à sua frente.

Se você é do tipo que joga para relaxar, talvez esta lista funcione como um alerta. Mas se o que você busca é superação, esses jogos são o seu campo de batalha. Prepare-se. A dificuldade é real, mas a vitória também.

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