The Legend of Heroes: Trails through Daybreak II – Análise (Review) – Uma jornada épica, complexa e cheia de alma!

The Legend of Heroes: Trails through Daybreak II – Análise (Review) – Uma jornada épica, complexa e cheia de alma!

11 de fevereiro de 2025 Off Por Leonel Ferretti

Quando você pensa em RPGs japoneses, é impossível não associar a palavra “ambicioso” à série The Legend of Heroes. Desde os primórdios da saga, a Nihon Falcom tem construído uma narrativa interligada que abrange décadas de eventos, personagens e conflitos. Quando comecei a jogar Trails Through Daybreak II , sabia que estava entrando em um capítulo crucial dessa jornada épica. O primeiro Daybreak foi um reinício necessário para a franquia, trazendo novos personagens, mecânicas inovadoras e um arco narrativo que serviu como ponto de entrada para novatos. No entanto, este segundo jogo eleva as apostas de maneira impressionante, mesclando refinamentos técnicos com uma narrativa mais íntima e cheia de reviravoltas. Após passar mais de 90 horas explorando cada canto deste título, posso dizer que ele é uma experiência profundamente recompensadora, mas também desafiadora e, às vezes, frustrante.

Mecânicas e Jogabilidade

Sistema híbrido refinado ao extremo!

Desde o início, fiquei impressionado com a evolução do sistema de combate híbrido introduzido no primeiro Daybreak . O jogo oferece dois modos principais de batalha: o combate em tempo real (Field Battle) e o tradicional por turnos (Command Battle). No Field Battle, você controla diretamente seu personagem enquanto explora o mundo, enfrentando inimigos comuns em combates rápidos e dinâmicos. O grande destaque aqui é o novo recurso chamado Cross Charge . Ao realizar um esquiva perfeita durante um ataque inimigo, você pode chamar outro membro do grupo para executar um contra-ataque devastador. Esse sistema adiciona uma camada estratégica que antes parecia ausente, tornando as batalhas de campo muito mais envolventes.

No entanto, é no Command Battle que o jogo realmente brilha. Aqui, o sistema de turnos é meticulosamente projetado para oferecer profundidade tática sem sacrificar a acessibilidade. Cada personagem possui habilidades únicas, chamadas de Crafts , além de magias (Arts ) determinadas pelo sistema de Quartz no Orbment. A personalização é incrivelmente detalhada: você pode ajustar as linhas de Quartz para desbloquear habilidades passivas, aumentar atributos específicos ou até mesmo adicionar efeitos elementais aos ataques básicos. Isso cria uma sensação constante de progressão, especialmente quando você começa a dominar as sinergias entre os personagens.

Outro recurso notável é o EX Chain , que permite que dois personagens próximos realizem ataques combinados em inimigos atordoados. Essa mecânica incentiva o posicionamento estratégico no campo de batalha, algo que já era importante no primeiro jogo, mas que agora ganha ainda mais relevância. Além disso, o uso de S-Crafts (habilidades especiais extremamente poderosas) foi balanceado para evitar spam, forçando o jogador a pensar cuidadosamente quando e onde utilizá-las.

A inclusão do Märchen Garten , uma dungeon virtual gerada proceduralmente, é outra adição bem-vinda. Embora seja opcional, essa área serve como um excelente local para treinar seus personagens, testar diferentes builds e coletar recursos valiosos. Apesar de algumas repetições, o Garten nunca se torna tedioso, graças à variedade de objetivos e recompensas disponíveis.

Se há algo que me incomodou, foi a falta de inovação radical nas mecânicas. Embora o sistema seja refinado, ele não reinventa a roda. Para veteranos da série, isso pode soar como uma crítica menor, mas para novatos, talvez falte aquele “fator surpresa” que diferencia um bom RPG de um ótimo.

Gráficos

Visual estilizado e consistente!

Visualmente, Trails Through Daybreak II mantém o estilo anime característico da série, mas com pequenas melhorias que fazem toda a diferença. Os modelos dos personagens são incrivelmente expressivos, e suas animações durante as cenas de diálogo transmitem emoções com precisão. As expressões faciais, em particular, são dignas de nota – elas ajudam a transmitir nuances emocionais que o texto sozinho não conseguiria capturar.

Os cenários também merecem aplausos. Desde as ruas movimentadas de Edith até as paisagens rurais de Calvard, cada ambiente é ricamente detalhado e carregado de vida. A iluminação e os efeitos visuais durante as batalhas são outro destaque, com explosões vibrantes e partículas que dão um toque cinematográfico às lutas mais intensas.

No entanto, há momentos em que a reciclagem de assets fica evidente, especialmente em áreas que retornam do primeiro jogo. Embora isso não comprometa a experiência geral, seria interessante ver a Nihon Falcom investindo mais em variações visuais para locais já visitados.

Som

Trilha sonora que encanta e emociona!

A música sempre foi um dos pilares da série Trails , e Daybreak II não decepciona nesse aspecto. A trilha sonora combina faixas orquestrais grandiosas com temas mais intimistas, criando uma atmosfera imersiva que complementa perfeitamente a narrativa. Algumas das faixas de batalha são verdadeiramente memoráveis, elevando a tensão em momentos críticos.

O dublagem, tanto em inglês quanto em japonês, também merece elogios. Embora haja algumas inconsistências na qualidade das vozes, os principais personagens entregam performances sólidas que ajudam a dar vida às suas histórias. Particularmente, adorei os diálogos gravados para os momentos mais emocionais, que conseguiram me envolver profundamente.

Diversão

Experiência rica, mas nem sempre equilibrada!

Jogar Trails Through Daybreak II é uma montanha-russa emocional. A narrativa principal é intrigante, com mistérios que se desenrolam gradualmente, mas o ritmo pode ser irregular. Há momentos em que o jogo parece perder o foco, dedicando-se excessivamente a subtramas menores. No entanto, essas subtramas frequentemente compensam com desenvolvimento de personagens excepcional.

Os minijogos, como pesca e hacking, são diversões simples, mas cativantes. Eles proporcionam pausas bem-vindas da ação principal, embora alguns (como o basquete) sejam dispensáveis.

Performance e Otimização

Rodando no PS5, o jogo apresentou desempenho estável, com taxas de quadros consistentes na maioria das situações. No entanto, notei quedas ocasionais em áreas lotadas do Märchen Garten . Mesmo assim, esses problemas foram mínimos e não impactaram significativamente minha experiência.

Conclusão

Trails Through Daybreak II é um jogo ambicioso que equilibra refinamentos técnicos com uma narrativa rica e complexa. Embora sua história às vezes tropece em sua própria ambição, a profundidade dos sistemas de combate e a atenção aos detalhes garantem uma experiência altamente recompensadora. Para fãs da série, é um título indispensável; para novatos, pode ser um pouco intimidador, mas ainda assim vale a pena.

Pontos Positivos:

  • Sistema de combate híbrido refinado.
  • Personalização profunda com o sistema de Quartz.
  • Trilha sonora envolvente.
  • Minijogos divertidos.
  • Progressão recompensadora.

Pontos Negativos:

  • Ritmo narrativo irregular.
  • Reciclagem de assets visuais.
  • Alguns minijogos são dispensáveis.
  • Tutorial insuficiente para explicar sistemas avançados.

Avaliação:
Gráficos: 8.5
Diversão: 8.0
Jogabilidade: 9.0
Som: 9.0
Performance e Otimização: 8.0
NOTA FINAL: 8.5 / 10.0

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