Os itens mais curiosos (e subestimados) de Super Mario Bros. 3

Os itens mais curiosos (e subestimados) de Super Mario Bros. 3

31 de maio de 2025 Off Por Markus Norat

Quando Super Mario Bros. 3 foi lançado, ele não apenas redefiniu os jogos de plataforma — ele expandiu as possibilidades de como itens poderiam ser usados para influenciar o curso de uma aventura. Escondidos por trás de trajes vistosos como a roupa Tanooki ou a icônica folha voadora, há um conjunto de itens no jogo que, embora discretos, exercem um papel estratégico fundamental — e que muitos jogadores, até hoje, subestimam ou sequer entendem completamente.

Flautas mágicas, caixinhas de música, martelos e nuvens não serviam apenas para enfeitar o inventário de Mario. Eles foram pensados minuciosamente para oferecer atalhos, alternativas, acessibilidade e uma sensação real de controle sobre a jornada, conceitos extremamente avançados para os padrões de design de jogos em 1988.

Hoje, o Revolution Arena te convida a revisitar esses itens “escondidos à vista de todos”, com uma análise histórica, técnica e estratégica que mostra por que Super Mario Bros. 3 é uma verdadeira aula de game design — até mesmo nos seus detalhes mais sutis.

🎼 Caixinha de Música: O Som do Silêncio… Estratégico

À primeira vista, a caixinha de música parece ter pouca utilidade — afinal, ela não é usada durante as fases. Mas o seu poder reside no mapa-múndi: ao ser ativada, ela coloca os Hammer Bros. para dormir, permitindo que o jogador atravesse o caminho deles sem combate.

Isso era crucial, especialmente quando o jogador estava com pouca vida ou precisava proteger itens valiosos no inventário. Em um tempo onde perder um confronto significava jogar tudo para o alto, a caixinha funcionava como um botão de “evitar perigo” — e ainda por cima, com charme musical.

🪓 Martelo: A Chave para Passagens Secretas

O martelo é um dos itens mais subestimados e, ao mesmo tempo, um dos mais impactantes em termos de exploração. Ao usá-lo no mapa (principalmente no Mundo 2), o jogador pode quebrar pedras que bloqueiam caminhos secretos, revelando casas do Toad, atalhos e até inimigos ocultos que rendem itens raros.

Esses desvios permitiam acelerar o progresso, conseguir power-ups poderosos e até flautas mágicas. Ou seja: o martelo era o item do jogador esperto, aquele que via além do caminho óbvio.

🌥️ Nuvem de Lakitu (ou Nuvem Jugem): Um Pulo de Esperteza

Poucos itens são tão úteis quanto essa nuvem — e poucos são tão esquecidos. Ela permite pular qualquer fase do mapa, algo que, se usado corretamente, pode salvar o jogador de fases desafiadoras ou labirínticas.

Apesar de seu valor estratégico, muitos jogadores usavam a nuvem por impulso — ou a guardavam por tanto tempo que esqueciam de utilizá-la. A inteligência estava em saber quando abrir mão da recompensa de uma fase para poupar vidas e frustrações. A nuvem era um recurso de risco controlado.

🎺 Flauta Mágica: O Teletransporte que Mudou o Jogo

Não há como falar de itens especiais sem mencionar a lendária flauta mágica. Baseada no instrumento de The Legend of Zelda, ela permitia que Mario fosse transportado diretamente para o Warp Zone, saltando mundos inteiros com um único toque.

Mais do que um truque para speedrunners, a flauta era a própria definição de liberdade no jogo. Jogadores experientes podiam terminar o jogo em menos de 10 minutos com o uso correto das três flautas escondidas — duas no Mundo 1, uma no Mundo 2. Era o item perfeito para os que queriam fugir da linearidade e experimentar uma jornada alternativa.

🎁 A P-Wing: A Pílula da Vitória (Com Sabedoria)

Embora seja um pouco mais conhecida, a asa P merece menção por ser facilmente mal utilizada. Ela dá ao Mario a habilidade de voar ilimitadamente durante uma fase inteira, o que pode ser a salvação em áreas extremamente difíceis ou cheias de armadilhas.

Porém, se usada em fases com múltiplas camadas ou puzzles, ela pode colocar o jogador em situações complicadas ou impedir a coleta de itens importantes. Saber quando usá-la era o verdadeiro segredo.

🧳 A Mala de Itens: Gestão Tática em Forma de Menu

Embora pareça trivial hoje, o sistema de inventário de Super Mario Bros. 3 era revolucionário. A mala permitia que o jogador escolhesse um item antes de iniciar uma fase, criando uma camada tática inédita nos jogos da época.

Essa liberdade transformava o jogador em um planejador — alguém que não apenas jogava, mas estrategicamente decidia como começar cada fase. Era quase como montar uma build num RPG, mas dentro de um jogo de plataforma.

🌟 A Superestrela: Invisível no Mapa, Imbatível em Movimento

A estrela era mais rara no mapa do que nas fases — mas ainda assim, aparecia em baús aleatórios. Usá-la no início de uma fase com inimigos complexos ou trajetos rápidos era garantia de passagem segura. E, para os mais audaciosos, permitia até enfrentar um Hammer Bro no mapa com total invencibilidade.

Os Detalhes Que Tornam Clássico Um Clássico

Mais do que simples ferramentas, esses itens “menores” de Super Mario Bros. 3 são testemunhos da genialidade da Nintendo. Eles demonstram como a empresa não via o jogo apenas como um desafio de reflexo, mas como uma experiência de planejamento, descoberta e tomada de decisão.

Muitos jogos atuais ainda lutam para oferecer a mesma sensação de liberdade e controle que Super Mario Bros. 3 oferecia em 1988 com apenas 3 MB de dados.

Enquanto outros jogos entregavam ação, Mario entregava escolhas. E por trás dessas escolhas, estavam itens aparentemente simples — mas que, com sabedoria, mudavam tudo.

E você, usava esses itens com estratégia ou deixava acumulando poeira no inventário?
Comente seu favorito e compartilhe essa matéria com seu amigo que acha que a nuvem do Mario “não serve pra nada”.

Deixe o seu comentário abaixo (via Facebook):